Advogada criminalista é morta com 20 tiros em Belo Horizonte
Kamila foi assassinada por volta das 7h desta segunda, quando estava sozinha, próximo a um furgão amarelo

A advogada criminalista Kamila Rodrigues, 32, foi executada a tiros, na manhã desta segunda-feira (22), no bairro Ermelinda, em Belo Horizonte (MG).
Kamila foi assassinada por volta das 7h desta segunda, quando estava sozinha, próximo a um furgão amarelo. Câmeras de segurança mostram o momento em que ela estava em pé, abre a porta do furgão e é surpreendida por outro carro, que para ao lado dela. Um homem com agasalho e capuz desce armado do banco do carona e efetua diversos disparos contra a vítima.
Advogada é atingida por cerca de 20 tiros, cai no chão e morre no local. Na sequência, o atirador pega um objeto parecido que estava caído próximo à Kamila, retorna ao veículo e foge. Pelo menos dois criminosos participaram da execução.
Motivação para o crime ainda é desconhecida. Até o momento, os criminosos não foram localizados e ninguém foi preso.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que o caso é investigado pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa. O corpo de Kamila foi encaminhado ao IML e depois será liberado para sepultamento.
Kamila era formada em direito pela Escola Superior Dom Helder Câmara. A vítima era pós-graduada em direito processual pela Faculdade Líbano e atuava nas áreas criminalista, civil, família e trabalhista.
OAB-MG CITA 'ATAQUE COVARDE'
A Ordem dos Advogados de Minas Gerais repudiou a execução de Kamila. Em nota, o presidente da entidade, Gustavo Chalfun afirmou que o crime "não é apenas um ataque covarde contra uma profissional, mas uma afronta à nossa classe e ao próprio Estado Democrático de Direito".
Chalfun também cobrou o Ministério Público e o Legislativo pela criação de leis que protejam os advogados. O órgão afirma ser "indispensável a aprovação de projetos que tornem hediondos os crimes cometidos contra advogados", além de "punições mais severas e condições reais de proteção para quem defende direitos, garantias e a justiça".
"Pela memória de Kamila e pela dignidade da profissão, seguimos firmes, unidos por uma advocacia forte, presente e respeitada", afirmou Chalfun.
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