Governador do ES garante construção da EF-118
Casagrande disse que projeto de ferrovia na Bahia não afeta a obra do ramal Anchieta, que, segundo ele, será bancada pela Vale

A construção pela Vale da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia, não vai afetar a viabilização do Ramal Anchieta, trecho planejado para ser o primeiro da EF-118, ligando o Espírito Santo ao Rio de Janeiro. É o que garante o governador Renato Casagrande.
O ramal, que faz parte de um compromisso da empresa com os governos federal e estadual, é considerado essencial para viabilizar a operação da EF-118.
O percurso do projeto do ramal liga Santa Leopoldina, Cariacica, Vitória e Vila Velha ao Porto de Ubu, em Anchieta.
Na prática, porém, também proporciona uma conexão competitiva do Centro-Oeste brasileiro aos portos capixabas e fluminenses, já que conecta a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) à futura ferrovia Vitória-Rio.
A principal operação prevista para esse percurso é no escoamento de produções do agronegócio brasileiro para os portos instalados nesse trajeto. Entre eles está o Porto Central, em Presidente Kennedy; e o Porto de Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro.
Casagrande reforça que a mineradora se comprometeu a executar o trecho até Anchieta, seja por meio da obra direta ou com o aporte do valor correspondente na concessão federal: “A Vale tem um compromisso de fazer o trecho até Anchieta. Nós temos uma conversa grande lá com o Ministério dos Transportes.”
Em reunião com o secretário nacional de Transportes, Leonardo Cezar Ribeiro, o governador recebeu a garantia de que a negociação com o governo federal está avançada. A operação envolve a antecipação de outorgas da EFVM e da Estrada de Ferro Carajás, no Pará, como parte do arranjo de renovação da concessão.
“Em nenhum momento o governo federal negou a construção da ferrovia no Espírito Santo”, garantiu Casagrande.
Vale pode ter de investir mais
O governador Renato Casagrande revelou que há uma negociação do governo federal com a Vale para que a empresa aplique recursos extras na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).
A empresa, portanto, pode ter que desembolsar mais dinheiro em projeto ferroviário, fazendo com que o investimento na Bahia não crie prejuízos à concretização da ferrovia capixaba.
Uma proposta encaminhada pela Vale ao governo federal, atualmente em análise, é de que a empresa deixe de construir o Ramal Anchieta e, no lugar, transfira o dinheiro para a futura vencedora do leilão da EF-118.

Para garantir que isso seja feito, a bancada capixaba na Câmara dos Deputados definiu convocar a empresa e convidar órgãos envolvidos e interessados para ouvir da Vale “qual realmente é o plano”, contou o deputado federal Josias da Vitória, líder da bancada.
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