Von der Leyen anuncia novas sanções à Rússia com foco em importações de GNL, cripto e bancos
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou nesta sexta-feira (19) mais uma gama de restrições que visam pressionar a Rússia, em guerra contra a Ucrânia, incluindo medidas que afetam energia, o setor bancário e negociações de moedas digitais.
"Queremos que a Rússia deixe o campo de batalha", afirmou a dirigente em discurso transmitido em sua página no X. "Chegou a hora de fechar a torneira", salientou Von der Leyen, citando que as medidas estão alinhadas com parceiros do Grupo dos 7.
"Estamos banindo as importações de gás natural liquefeito da Rússia para os mercados europeus. Estamos preparados para isso", disse. "Quero deixar claro que os europeus ficarão seguros neste inverno", salientou a presidente da comissão, referindo-se aos preparativos feitos pelo bloco com base no REPowerEU, um plano da Comissão Europeia para acabar com a dependência de combustíveis fósseis russos antes de 2030, em resposta à invasão russa da Ucrânia em 2022.
"Estamos intensificando nossa repressão à evasão. À medida que as táticas de evasão se tornam mais sofisticadas, nossas sanções serão adaptadas para nos mantermos à frente", salientou.
"Pela primeira vez, nossas medidas restritivas atingirão plataformas de criptomoedas. E proibirão transações em criptomoedas", disse.
O pacote de sanções também afetará refinarias, comerciantes de petróleo e empresas petroquímicas em países terceiros, incluindo a China, que compram petróleo em violação às sanções. O pacote inclui a proibição de transações de outros bancos na Rússia e em países terceiros, bem como restrições diretas à exportação de itens e tecnologias utilizados no campo de batalha, listando 45 empresas que deram suporte à máquina de guerra russa.
"Apelo agora aos Estados-Membros para que aprovem rapidamente estas novas sanções", disse von der Leyen. "Queremos que a Rússia deixe o campo de batalha e venha para a mesa de negociações."
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