Major de Colatina será julgado pelo STF em trama golpista
Angelo Martins Denicoli é major da reserva do Exército, e está entre outros 33 nomes que foram denunciados por tentativa de golpe

O núcleo da trama golpista de 2022 acusado de espalhar desinformação contra as urnas eletrônicas e atacar autoridades contrárias a um golpe de Estado deve ser o próximo a ter julgamento marcado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
É neste núcleo que está o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli, de Colatina, região Noroeste do Espírito Santo.
O prazo para as defesas dos sete réus do grupo apresentarem suas alegações finais se encerra nos próximos dias.
Caso siga o mesmo ritmo do núcleo central, Alexandre de Moraes pode pedir data para julgamento logo em seguida.
O relator do caso pretende julgar todos os réus da trama golpista ainda neste ano. Essa era a expectativa anunciada por Moraes em discurso de mais de 30 minutos feito na reabertura do Judiciário, no início do semestre.
O ritmo em que correm as ações penais depende do andamento de cada etapa do processo. Apesar de ser o quarto núcleo, o de desinformação se aproxima antes da conclusão por ter tido a instrução encerrada mais cedo que os demais.
Na fase de instrução, são colhidas as provas por meio de oitivas de testemunhas, interrogatórios e demais diligências, como a produção de perícias, por exemplo, o que impacta no andamento de cada caso.
A Corte ainda avalia se fará os demais julgamentos do caso de forma presencial, assim como o que condenou Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pela articulação golpista, ou se migrará para o formato virtual.
No caso do núcleo central, as defesas apresentaram suas alegações finais em 13 de agosto. No dia seguinte, Moraes pediu ao presidente da 1ª Turma, Cristiano Zanin, o agendamento do julgamento.
Zanin continua na presidência da 1ª Turma até o fim de setembro. Flávio Dino, um forte aliado de Moraes, assumirá o posto em seguida e deverá comandar parte dos julgamentos.
A previsão de encerrar os processos da trama golpista em 2025 foi aventada no Supremo ainda no ano passado, sob a justificativa de evitar a contaminação do calendário eleitoral em 2026.
Os processos da trama golpista têm ainda outros três núcleos para serem julgados: o de gerenciamento de ações, o de ações coercitivas, e o de desinformação, de acordo com a Polícia Federal.
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários