Discussão de família termina em agressão a autista em condomínio de Vila Velha
Vídeo mostra momento em que vítima é empurrada ao chão durante briga com o cunhado no bairro Vale Encantado
Uma discussão entre familiares terminou em caso de polícia no bairro Vale Encantado, em Vila Velha, neste domingo (14). Uma mulher com diagnóstico de autismo e transtorno de personalidade borderline, condições devidamente comprovadas por laudos médicos, foi agredida pelo cunhado, da mesma idade, após um desentendimento motivado por barulho no condomínio onde moram.
De acordo com informações da TV Tribuna/Band, a vítima, que é psicopedagoga, voltava para casa acompanhada do namorado e de uma outra mulher quando se deparou com a residência trancada.
A situação gerou uma discussão, que teria incomodado o cunhado, que mora no mesmo condomínio. Ao descer para reclamar do barulho, ele iniciou uma briga que acabou em agressão física.
Imagens de videomonitoramento registraram o momento em que o homem discute com a vítima, desfere socos e a empurra ao chão. A mulher se levantou e tentou reagir, mas foi contida por outras pessoas no local. Em seguida, o namorado dela partiu para cima do agressor, e os dois também entraram em confronto físico. Confira o vídeo abaixo.
O homem, por sua vez, afirmou à Polícia Militar que a cunhada chegou alterada, gritando em frente ao portão e utilizando palavras de baixo calão, o que teria feito o filho dele de sete meses acordar, agravando assim o conflito. Relatou, ainda, que, ao abrir o portão, a cunhada foi em sua direção para agredi-lo fisicamente, e que apenas se defendeu.
A Polícia Militar informou que o homem apresentava um arranhão no pescoço e outro no dedo do pé, recusando atendimento médico. A mulher foi encaminhada ao Hospital Antônio Bezerra de Faria, onde recebeu cuidados médicos, sendo posteriormente liberada.
A Polícia Civil informou, em nota, que o suspeito foi conduzido à 2ª Delegacia Regional de Vila Velha, onde foi ouvido e liberado. O caso foi registrado com base nos artigos 129, §9º e §13º, do Código Penal, no contexto da Lei Maria da Penha, mas, segundo a corporação, não houve representação formal nem indícios de legítima defesa.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a vítima solicitou uma Medida Protetiva de Urgência (MPU), que foi encaminhada ao Poder Judiciário e aguarda análise para deferimento.
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