Presidente da CBF diz que mandou parar produção de camisa vermelha da seleção
O dirigente teve "reunião de emergência" com a fabricante e parceira Nike para interromper a produção, que já estava em andamento
Escute essa reportagem

O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Samir Xaud, disse ter vetado a utilização de uma camisa vermelha para a seleção brasileira.
O dirigente, que assumiu em maio o cargo maior da entidade, teve o que chamou de "reunião de urgência" com a fabricante e parceira Nike para interromper a produção, que já estava em andamento.
"Pedi que a produção fosse parada. Não queria perder o simbolismo histórico nosso. É só olhar, no símbolo da CBF não tem o vermelho, não teria por que fazer uma camisa vermelha para a nossa seleção", afirmou o cartola, em entrevista ao SporTV.
A notícia da criação do uniforme vermelho surgiu em abril, um mês antes da eleição do roraimense de 41 anos. A roupa, que seria utilizada na Copa do Mundo de 2026, rapidamente foi ligada a uma questão política.
A camisa tradicional amarela vem sendo utilizada nos últimos anos como símbolo da direita, e o vermelho é historicamente associado à esquerda.
Segundo Xaud, sua motivação na interrupção não foi essa.
"Fui totalmente contra o vermelho, mas não por ideologia política. Foi pelo patriotismo que tenho pela bandeira. Muita gente levou para o lado político. Eu levei para o lado do Brasil. Azul, amarelo, verde e branco são as cores da nossa bandeira e são as cores que têm que ser seguidas. Essas discussões políticas não podem entrar em campo ou interferir na seleção brasileira", disse.
"Realmente, estava em produção, pedi para parar. A Nike atendeu o pedido, entendeu. Expliquei a eles o motivo e começaram logo na sequência a produção do nosso uniforme dois, azul. Está bonito para caramba", acrescentou Xaud.
Esse uniforme azul, segundo pessoas familiarizadas com os planos da CBF e da fornecedora de material esportivo, terá um desenho futurista. Já a camisa principal, a amarela, terá referências à utilizada na conquista da Copa do Mundo de 1970.
Esses modelos deverão chegar ao mercado já em 2026, provavelmente em março, quando serão lançadas as roupas do Mundial. Até lá, a seleção continuará com as roupas que têm sido nas Eliminatórias.
Já classificado para o Mundial –que será realizado nos Estados Unidos, no México e no Canadá–, o Brasil encerrará sua participação no torneio qualificatório no início do próximo mês. Receberá o Chile, no dia 4, no Maracanã, no Rio de Janeiro, e visitará a Bolívia, no Municipal de El Alto, no dia 9.
A convocação para essas partidas será divulgada pelo técnico Carlo Ancelotti na próxima segunda-feira (25), na sede da CBF, no Rio. Não constará na relação o nome do atacante Vinicius Junior, que já ficou fora da pré-lista enviada aos clubes.
O jovem de São Gonçalo já teria de cumprir suspensão diante do Chile. Assim, com a seleção já classificada, Ancelotti resolveu poupá-lo da altitude de 4.150 m de El Alto e observar outros jogadores.
O italiano Ancelotti tem apenas dois jogos à frente do time nacional brasileiro e quer aproveitar o tempo que lhe resta até a Copa para conhecer de perto mais atletas e fazer testes. Ele só fará mais três convocações até o chamado final para o Mundial, com datas reservadas para amistosos em outubro, novembro e março.
Em outubro, a expectativa é que a seleção enfrente Coreia do Sul e Japão, na Ásia. A CBF ainda resolve questões comerciais para confirmar esses jogos, respectivamente, nos dias 10, em Seul, e 14, em Tóquio.
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários