Crise com os EUA: acordo com a Índia e Canadá contra tarifaço de Trump
Governo quer buscar novos parceiros, o que agrada empresários no ES. Mas diz que se mantém aberto ao diálogo com Trump
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O governo federal quer realizar acordos com países como Índia, Canadá, Emirados Árabes Unidos e Vietnã para fugir dos impactos do tarifaço estabelecido pelo governo dos Estados Unidos contra as exportações de empresas brasileiras.
O plano de contingência elaborado pelo governo brasileiro prevê ações para ampliar e diversificar os mercados de destino das exportações, reduzindo a dependência em relação ao país norte-americano.
Entre as medidas inseridas no eixo de diplomacia comercial e multilateralismo, está o avanço nas negociações de acordos para criar novas rotas comerciais capazes de mitigar os impactos da tarifa de 50% proposta pelos Estados Unidos.
A negociação de acordos com Índia e Canadá pode contribuir para atenuar os impactos, abrindo alternativas comerciais e fortalecendo cadeias produtivas, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), Sidemar Acosta.
“Para o Espírito Santo, que é um hub logístico e portuário estratégico, ampliar destinos e parceiros comerciais é fundamental para preservar a competitividade, garantir fluxo de cargas e proteger a geração de emprego e renda no estado”, diz.
Apesar da busca por novos parceiros, o governo federal afirma que se mantém aberto ao diálogo com os Estados Unidos para tentar negociar a tarifa.
“O Brasil mantém-se aberto ao diálogo construtivo com os Estados Unidos, buscando soluções negociadas que restabeleçam condições justas e equilibradas para o comércio bilateral, em benefício de produtores, trabalhadores e consumidores dos dois países”, informou o Palácio do Planalto em nota oficial.
No comunicado, o governo também reforça o compromisso com o multilateralismo e destaca que seguirá atuando de forma ativa na Organização Mundial do Comércio (OMC) para defender regras comerciais estáveis.
Na próxima semana, Lula deve telefonar para os presidentes da Comissão Europeia, Úrsula Von der Leyen, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer também em busca de acordos.
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