Regata tradicional de Vela não deve ter largada em Vitória
Após 15 anos sem uma edição, Eldorado-Brasilis pode voltar no início de 2026, com Salvador como novo ponto de partida
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Após anos de sucesso com largada em Vitória e chegada na Ilha de Trindade, a Regata Eldorado-Brasilis pode ganhar um novo ponto de partida em sua próxima edição. A tradicional competição, considerada a maior regata offshore do País, não deve mais ter a largada da capital capixaba, segundo o idealizador e organizador do evento, Plínio Romeiro.
Criada no ano 2000 pela Rádio Eldorado, a prova teve oito edições até 2008, reunindo dezenas de embarcações e contando com apoio logístico e de segurança da Marinha do Brasil. O trajeto até a Ilha de Trindade, localizada a 1.160 km da costa, sempre foi um dos atrativos da competição, pela beleza natural, relevância histórica e importância estratégica do arquipélago de Trindade e Martim Vaz.
Para 2026, a expectativa é de que a largada aconteça a partir de Salvador (BA), ampliando o percurso até Trindade. A organização técnica ficará a cargo do Aratu Iate Clube, que integra o calendário nacional de vela oceânica e reforça o fomento ao esporte e à cultura marítima no Nordeste.
Segundo Plínio Romeiro, as negociações ainda estão em andamento, uma vez que são muitos pontos a serem resolvidos, mas que no próximo mês a situação deve estar mais clara.
“Pode ser que tenha uma novidade e estamos trabalhando para isso. No final do ano passado, o Iate Clube do Espírito Santo me procurou com a sugestão de voltar com a Brasilis. E eu disse: vamos tentar. Não é fácil, pois precisa de muito apoio e gente competente”, disse Plínio, em entrevista ao podcast Sailing Cast.
“Após um tempo sem respostas de Vitória e como eu estou sempre no Nordeste velejando, principalmente no Aratu Iate Clube, em que o comodoro Lúcio Bahia é um cara fantástico. E eu comentei com ele sobre ajudar a fazer esta regata na Bahia e ele topou”, continuou.
O organizador explica que o objetivo é realizar a prova no verão de 2026. “Estamos trabalhando para fazer, no final de janeiro, início de fevereiro, que é um bom período. Se acontecer, vai ser muito legal”.
A edição 2026 deverá contar com a categoria principal ORC, além das classes Multicasco, BRA-RGS e a modalidade Expedition, voltada para cruzeiristas que desejam participar da travessia sem caráter competitivo.
Procurado sobre o porquê da edição não acontecer na capital capixaba, o ICES não respondeu.
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