Pedro, de 17 anos, precisa de um coração para continuar vivendo. Família faz apelo
Insuficiência cardíaca grave levou rapaz a ser internado em uma UTI. Agora a solidariedade pode salvá-lo
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Com informações de Luciana Queiroz, repórter da TV Tribuna Pernambuco
Encontrar um doador de órgãos, não é fácil, ainda mais quando se trata de um transplante cardíaco. É necessário levar em conta idade, altura, peso e compatibilidade do doador. Mas, o pior, é quando essa disponibilidade esbarra no preconceito ou na desinformação. Mais de 3.700 pessoas esperam pela doação de um órgão, em Pernambuco. Para cada 100 potenciais doadores com diagnóstico de morte encefálica, apenas 36 têm a doação autorizada pela família.
Essa dificuldade faz toda a diferença entre morte e vida. Pedro, de apenas 17 anos, está lutando pela dele. Há dois meses, o rapaz está internado em uma UTI de um hospital particular no Recife. Diagnosticado com miocardite, inflamação do músculo cardíaco, Pedro tem uma insuficiência cardíaca severa e, no momento, depende de aparelhos para continuar vivendo.
Um transplante cardíaco poderia salvar a vida de Pedro e devolver a rotina normal do jovem rapaz, mas encontrar um doador compatível, não é fácil. E encontrar famílias dispostas a autorizar essa doação, infelizmente, também não é. Um doador compatível chegou a ser identificado, mas antes que o transplante pudesse ser feito, a família não autorizou a doação.
NEGAÇÃO E DESINFORMAÇÃO
Joana Pires Ferreira, gerente comercial e mãe de Pedro, falou à repórter Luciana Queiroz. Ela relatou a dor e a angústia de ver que surgiu um doador compatível, mas a familia negou. "Quero deixar muito claro que, nesse momento, a gente tende a sentir uma revolta e uma dor, mas eu vejo que é a mais e pura falta de informação".
Bastante emocionada, a mãe de Pedro desabafou: "eu não quero julgar a família que fez isso, só Deus sabe a dor que eles passaram, mas eu não quero passar por isso também. Enquanto ele [Pedro} estiver lutando, a gente está lutando por ele", disse Joana.
CENTRAL DE TRANSPLANTES
Este ano, até o mês de junho, foram realizados 938 transplantes em Pernambuco, sendo 19 deles de coração. Mas, o número ainda é muito baixo, comparado com a quantidade de pessoas que aguardam um novo órgão.
As notificações de morte encefálica são enviadas dos hospitais para a Central de Transplantes, no Bongi. É obedecido um protocolo criterioso para a doação ser feita. O grupo sangúíneo tem que ser comPAtível, além de peso e altura. Um só doador pode salvar até oito vidas.
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