Quem é Bia Miranda, suspeita de fazer parte de esquema de promoção ilegal do ‘Jogo do Tigrinho’
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A influenciadora digital Anna Beatriz Miranda, conhecida como Bia Miranda, de 21 anos, foi uma das 15 pessoas alvos de ordens de busca e apreensão cumpridas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 7. Todas são investigadas pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro do Rio de Janeiro por suposta participação em um esquema ilegal de promoção de jogos de azar online, como o popular “Jogo do Tigrinho”.
Bia estava viajando, mas os policiais foram à casa dela, entraram e vasculharam armários em busca de documentos ou objetos que pudessem indicar a participação da influenciadora no esquema ilegal. Nas redes sociais, Bia postou imagens da ação policial e reclamou da bagunça.
Outras três pessoas ligadas à Bia foram alvos da Polícia Civil: Jenny Miranda, mãe da influenciadora; DJ Buarque, pai do primeiro filho dela; e Samuel Sant’Anna, conhecido como Gato Preto, pai da filha mais nova de Bia. A reportagem tenta contato com as defesas dos investigados.
Bia se apresenta como figura pública e se define como “boladona não, posturada!”. A carioca ganhou fama por ter ficado em segundo lugar no reality show A Fazenda, da Record TV, em 2022.
Em 2022, Bia e Jenny protagonizaram uma longa discussão nas redes sociais, que incluíram acusações sobre o envolvimento da filha com o ex-jogador Adriano Imperador. Durante sua passagem por A Fazenda, Bia contou ter sido maltratada e humilhada pela mãe — Jenny Miranda sempre negou isso.
Operação policial
A Operação Desfortuna foi deflagrada pela Polícia Civil do Rio nesta quinta-feira, após investigação ter identificado sinais de enriquecimento incompatíveis com a renda declarada pelos influenciadores. Relatórios de inteligência financeira indicaram movimentações bancárias suspeitas que, somadas, ultrapassam R$ 4 bilhões.
Além da promoção de jogos ilegais, os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada. A estrutura seria usada para ocultar a origem ilícita dos recursos, caracterizando lavagem de dinheiro.
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