Ferrovia no ES pode virar ciclovia turística
Parte da Leopoldina, atual FCA, pode se tornar a maior via para bicicletas do País, para atrair visitantes também de outros estados
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Parte dos 257 quilômetros da Ferrovia Centro-Atlântica — antiga Leopoldina, que liga Vila Velha, na Grande Vitória, a Mimoso do Sul, no Sul do Estado — pode se transformar na maior ciclovia do País.
Essa é uma das propostas em estudo para o trecho ferroviário, que está em processo de devolução pela concessionária VLI Logística à União desde o ano passado.
O projeto, comandado pela Secretaria de Estado do Turismo (Setur), promete transformar o percurso em uma nova rota turística atrativa a visitantes da região e de outros estados.
No momento, a concessionária e o governo finalizam o levantamento do inventário da ferrovia — tudo o que há de bem e a conservação deles — para, em seguida, preparar a estrutura para o comodato, modelo de empréstimo sem custo.
Há a dúvida, porém, se esse comodato será realizado da União para o governo do Estado ou diretamente para cada uma das 11 prefeituras em que a ferrovia passa no Espírito Santo.
“O levantamento do inventário termina no final do mês e, depois, provavelmente no início de agosto, vamos definir o comodato”, esclarece o deputado federal Gilson Daniel.
O estado de conservação da malha ferroviária, segundo Daniel, é o principal impasse para a retomada da operação do percurso na totalidade, saindo da Grande Vitória ao último ponto no Sul do Estado.
“Há trilhos roubados, pontes que precisam de reforma, muitos galhos e matos. Precisaria ver a viabilidade”, explica.
O modelo de Parceria Público-Privada (PPP) é uma das possibilidades para a efetivação do projeto, afirma o deputado.
Entre Viana e Alfredo Chaves, no entanto, a volta do “Trem das Montanhas” é praticamente certa, afirma o prefeito de Viana, Wanderson Bueno, que lidera as conversas para a retomada do percurso turístico.
O trem operará em um percurso que passa pelas cidades de Viana, Domingos Martins, Marechal Floriano e Alfredo Chaves.
“As quatro prefeituras e o governo do Estado já consideram a volta do trem, uma oportunidade de reconectar nossa cidade à sua história, mas também de impulsionar a economia, fortalecer o turismo e gerando emprego e renda”, diz.
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