Condenado por matar esposa afronta juiz em pleno tribunal, no Recife
Feminicida desdenha da pena de quase 30 anos e diz ainda que vai matar irmã da vítima
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"Eu estou aqui porque fiz concurso, não tenho medo de ninguém e nem de você", desabafou o juiz Abener Apolinário, que presidiu o júri nesta sexta-feira (25), no Fórum Thomaz de Aquino, no Centro do Recife, depois de assistir a um cena dantesca.
O réu, Jorge Bezerra da Silva, condenado a 29 nos e 8 meses de prisão por júri popular, ameacou o promotor e afrontou o tribunal que o julgava pelo feminicídio da ex-companheira, Priscilla Monnick Laurindo da Silva, em 2022. Priscila, de 26 anos, foi morta a facadas em frente a filha do casal, na época com 10 meses.
Ao ouvir a sentença, Jorge Bezerra da Silva, de maneira arrogante afirmou: "Só isso?", e acrescentou ao deboche uma ameaça: "ainda tem a irmã dela, que eu vou mandar matar", foi quando o juiz Abner Apolinário ordenou que ele fosse retirado da sala do júri.
“Com quase 30 anos de magistratura, nunca vi tamanha petulância”, declarou o juiz Abner Apolinário. E encerrou a sessão do júri com um "Valhei-me Jesus!".
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