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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

O papel estratégico da assessoria jurídica na prática médica

Assessoria jurídica especializada se torna aliada indispensável para médicos que desejam proteger sua carreira, reputação e decisões clínicas

Fernanda Andreão Ronchi | 14/07/2025, 12:33 h | Atualizado em 14/07/2025, 12:33

Imagem ilustrativa da imagem O papel estratégico da assessoria jurídica na prática médica
Fernanda Andreão Ronchi é advogada especialista em Direito Médico e da Saúde. |  Foto: Divulgação/Hugo Boniolo

O número de processos relacionados à atuação médica cresce ano após ano no Brasil – sem contar as dezenas de milhares de sindicâncias éticas nos Conselhos Profissionais. Por trás desses números, há um cenário de risco crescente para médicos e profissionais da saúde que, mesmo quando atuam com zelo e competência, podem ver sua reputação, patrimônio e liberdade ameaçados.

Em tempos de hiperexposição nas redes, pacientes cada vez mais informados (ou desinformados) e relações fragilizadas pelo imediatismo, a medicina moderna exige muito mais do que conhecimento técnico-científico. Requer também postura preventiva, organização documental e decisões tomadas com respaldo jurídico. Neste contexto, a assessoria especializada em Direito Médico se mostra não apenas necessária, mas estratégica.

Hoje, o paciente consulta o Google antes da consulta médica e vê fóruns, perfis de Instagram e vídeos no YouTube com “respostas prontas” para sintomas complexos. Quando o resultado do tratamento não corresponde às expectativas (mesmo elas sem fundamento técnico), a frustração se transforma em reclamação – e, muitas vezes, em processo.

Cirurgias eletivas, procedimentos estéticos, odontologia, ginecologia, obstetrícia e emergências hospitalares estão entre as áreas mais afetadas. As alegações, por vezes infundadas, envolvem a insatisfação com o resultado e denúncias de erro, compreendendo negligência, imprudência e/ou imperícia.

Ser acionado em um processo ético ou responder a uma ação judicial não significa apenas comparecer a audiências ou enviar documentos. Há custos emocionais, desgaste da imagem profissional e, em alguns casos, risco à continuidade da carreira. Mais grave ainda: muitos profissionais só procuram apoio jurídico quando a denúncia já está formalizada, perdendo a chance de evitar ou conter o problema desde o início.

Com assessoria profissional direcionada e acompanhamento jurídico adequado, é possível reduzir riscos éticos e legais com revisão de condutas, documentos e protocolos; orientar o preenchimento de prontuários corretamente, consentimentos informados e contratos de prestação de serviços.

E ainda: evitar práticas vedadas em publicidade médica, adequar a atuação às normas do Conselho de Classe e às regulamentações sanitárias, e ter suporte contínuo para tomadas de decisão em situações delicadas com pacientes.

Atuar com respaldo jurídico não é um luxo. É uma necessidade para quem valoriza sua carreira, sua reputação e seu compromisso com a medicina.

Quem atua com base em orientações jurídicas preventivas oferece ao paciente um serviço mais seguro, transparente e ético, com documentação adequada, comunicação clara e decisões respaldadas nas melhores práticas e normas da profissão. O resultado é uma relação mais equilibrada e protegida, com mais confiança entre as partes.

Em outras palavras, quando o médico se cerca de segurança jurídica, todos ganham: ele, sua equipe, sua instituição e, acima de tudo, o seu paciente.

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