Dan Abranches mistura ritmos no novo “Agridoce”
Cantor e produtor transita entre o amor e a dor em disco visual que mistura rap, MPB e neo soul com letras confessionais e parcerias marcantes
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A doçura de um romance leve e alegre misturada ao amargor da solidão, da saudade e do medo resulta em “Agridoce”, novo álbum visual do cantor e produtor musical Dan Abranches. O disco traz 13 faixas autorais que transitam entre o rap, a MPB e o neo soul.
“Quis começar com a energia mais alta e dançante, trazendo o amor como tema principal. No desenrolar do disco, ele se torna introspectivo, porque os dias tristes existem e são importantes também para que a gente possa olhar para dentro”, conta ao AT2.
Diferente de “Titan” (2021), álbum inteiramente composto em inglês, o novo trabalho é majoritariamente em português, com exceção de “Higher” e “Soul”.
“Por muito tempo, fiz músicas em inglês porque me sentia protegido, sabendo que nem tudo seria entendido e o que tocaria o ouvinte seriam as melodias e os arranjos. Mas essa timidez foi se dissipando e passei a me permitir falar o que queria, sem medo de julgamentos”.
É assim, destemido, que Dan se revela em “Trans-Cendental”, com o rapper paulista Winnit, um homem trans, assim como ele. “Essa canção é sobre entender que a visão do outro não me diminui e que parte da minha função é inspirar outras pessoas trans”.
Destaque ainda para as participações de Gavi, em “Nem Todo Ouro”, de Elaine Augusta, na contagiante “Melanina”, e de Bruno Santos, que já trabalhou com Anitta e Jorge Aragão, nos arranjos de cordas de “Maçã”, cujo visualizer foi o mais difícil de ser gravado.
“Estava com febre, doente e a gravação foi na chuva. Precisava ficar imóvel por 4 minutos com a água molhando minhas costas”, lembra.
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