“Sonho de ser médico e astronauta durou pouco”, conta ator Cauê Campos
Em entrevista ao AT2, Cauê Campos, 23, diz que, desde que começou a atuar aos 8 anos, sua paixão por atuar só aumentou
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Ser ator estava bem distante dos planos de Cauê Campos. Mas, aos 8 anos de idade, quando começou a atuar, tudo mudou.
“Eu planejava outros sonhos, daqueles de criança. Queria ser astronauta ou cardiologista. Mas esse sonho durou pouco. Com o passar do tempo, a paixão por atuar foi aumentando cada vez mais. Hoje não me vejo sem”, contou o ator em entrevista ao AT2.
Desde sua estreia na TV, em “Avenida Brasil”, de 2012, a carreira só decolou. O reconhecimento nacional, ele conquistou ainda criança, ao interpretar Capim na série infantojuvenil “Detetives do Prédio Azul”, do canal Gloob.
De lá para cá, o menino cresceu em frente às câmeras e a transição para a fase adulta – Cauê está com 23 anos – foi bastante tranquila, segundo ele. “Hoje meu desafio ainda é me manter no mercado, trabalhando e mostrando do que sou capaz. Para isso, preciso de oportunidades”, ressaltou.
Cauê acaba de dar adeus ao personagem Basílio, de “Garota do Momento”, seu primeiro vilão, e conta que aprendeu bastante com esse trabalho.
“Tinha um medo muito grande de me arriscar em algumas coisas, de entender se poderia ou não fazer algumas coisas em cena. Hoje, mais velho, consigo ter uma liberdade maior no set”, afirma.
Raízes
Natural de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, Cauê mantém uma forte ligação com suas raízes e se orgulha de representar sua cidade natal. Praticante de uma religião de matriz africana, destaca a espiritualidade como parte essencial de sua trajetória pessoal e profissional.
“Projetos sempre serão bem-vindos comigo. Eu preciso deles pra mostrar onde quero chegar. E com caminhos abertos, quero trazer muitos comigo”, avisa o rapaz.
“Acredito que a 'parte difícil' nunca passa”
At2 - Foi difícil fazer a transição de ator mirim para a fase adulta?
Cauê campos - A parte de difícil é sempre se manter. Muitos passam pela transição, mas com um intervalo de produções, o que gera aquele susto no público quando nos veem adultos. Eu tive a sorte de me manter trabalhando ao longo desses 15 anos. Acredito que a “parte difícil” nunca passa.
Hoje meu desafio ainda é me manter no mercado, trabalhando e mostrando do que sou capaz. Para isso, preciso de oportunidades.
Passou algum perrengue durante a carreira até hoje?
Passo alguns até hoje. Acredito que, quando somos jovens e com muitas metas, nós passamos por perrengues que moldam o que podemos nos tornar adiante.
Pensa em carreira internacional?
Seria interessante. Acho que todo mundo pensa de alguma forma. Mas eu gosto do que fazemos aqui. Se pudesse, faria aqui e levaria para fora. Esse é o meu sonho.
Com quem gostaria de contrancenar?
Com meu irmão. O Cadu e eu nunca tivemos uma cena nossa. Isso seria bem interessante. Quem sabe um dia?
Qual seu personagem dos sonhos?
Tenho alguns. Talvez um super-herói (ou um supervilão), penso muito em um jogador de futebol, sempre foi um sonho que eu guardei comigo. Gostaria de viver isso um dia.
Como foi interpretar seu primeiro vilão, o Basílio? Em quem se inspirou?
Foi um desafio interessante. Ao longo dos meus estudos, me inspirei em personalidades e personagens que eram vilões e outros não. A ideia sempre foi ter Basílio como um ser complexo e com camadas. Eu digo que ele é a encruzilhada, ele é como água. Enfim, bebi de pesquisas, filmes, músicas.
O que aprendeu na época da série “Detetives do Prédio Azul” que leva com você até hoje?
Vejo que tenho um ritmo diferente para decorar meus textos. Todo mundo desenvolve seu próprio método e comigo não foi diferente. Minha forma de encarar a engrenagem, como gira num conceito geral, se tornou algo bem particular.
Sente falta daquela época?
Hoje tenho boas memórias e é isso. Acho que tudo é um ciclo que começa e termina. Temos sempre que olhar nossas trajetórias com aquele olhar de “até onde eu posso ir?” e tentar superar.
Qual papel mais te marcou até agora?
Basílio. Não há dúvidas quanto a isso. Ele muda minha forma como profissional. É visto agora que eu realmente me tornei mais velho, posso encontrar novas possibilidades. Ele me deu caminhos.
Quais seus planos para o futuro?
Quero estar produzindo cada vez mais. Projetos sempre serão bem-vindos comigo. Eu preciso deles pra mostrar onde quero chegar. E com caminhos abertos, quero trazer muitos comigo. Esse é o plano.
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