Em Pratos Limpos: “Sucesso de empresas vai além do alvará”, diz Jaques Paes
Especialista líder em transformação de ambientes desafiadores falou da licença social, ou confiança pública, vital para o crescimento
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Muito além de obter alvarás de funcionamento, documentações para operar e até certificados de qualidade, para sobreviver e alcançar melhores resultados, empresas precisam ter uma outra licença: a social.
O tema foi debatido nesta quarta-feira (25), durante a 13ª edição do Em Pratos Limpos, promovido pela Rede Tribuna.
O evento, realizado em Santa Lúcia, Vitória, contou com mais de 150 convidados.
Empresários e autoridades do Estado tiveram a chance de participar da palestra com Jaques Paes, líder em transformações de ambientes desafiadores, que desenvolve times de alta performance.
Com o tema “Quando o alvará não basta: a lógica da Licença Social para sua empresa operar”, a palestra destacou as diferenças entre licença formal e licença social, conceito este que trata da confiança silenciosa que determina o sucesso das organizações.
Como exemplo, Jaques aponta que, muitas vezes, as pessoas abrem um negócio e, mesmo tendo o melhor preço e a melhor análise do mercado, ele não “decola”.
“Isso significa que a pessoa fez uma análise de mercado errada? Não. Isso acontece porque uma análise de mercado não conecta o que a sociedade espera de um determinado negócio. Não adianta ter orçamento e preços se uma empresa é rejeitada socialmente”, declarou.

Ele explicou que existe uma lacuna grande entre o cumprimento da lei e o que é ser aceito socialmente. “Essa legitimidade organizacional surge de três reconhecimentos sociais distintos: uma legitimidade moral – que é o reconhecimento fundado na noção do que é ético, justo ou aceitável –, a pragmática – por gerar valor a quem se beneficia da atuação –, e a legitimidade cognitiva – por ser percebido como necessário”.
Para ele, se uma licença social é bem construída, ela dura muito mais do que qualquer certificado na parede – citando como exemplo “uma ISO 9001, ISO 14001”.
“Ela faz uma empresa mais resiliente ao mercado do que qualquer outro selo. Porque, no fim do dia, a continuidade da operação de uma organização está nas mãos de quem, a qualquer momento, pode cancelar essa legitimidade”.
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Sobre o tema do evento, a diretora comercial da Rede Tribuna, Lenise Loureiro, ressaltou que a construção do conceito e da credibilidade dessa empresa é um capital importantíssimo.
“A relação com seus clientes, com a sociedade, é um tema muito atual e que deve ser trabalhado em favor de uma transparência, de uma confiança, de credibilidade das empresas para prestarem os serviços que prestam”.
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