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Opinião Econômica

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Colunista

“Inovação sem rodeios: foco no cidadão!”

Inovação no setor público deve ir além do discurso e se firmar como ferramenta real para transformar serviços e melhorar a vida do cidadão

Tadeu Barros | 26/06/2025, 13:13 h | Atualizado em 26/06/2025, 13:13

Imagem ilustrativa da imagem “Inovação sem rodeios: foco no cidadão!”
Tadeu Barros é diretor-presidente do Centro de Liderança Pública(CLP) e professor da Fundação Dom Cabral (FDC). |  Foto: Divulgação

Nos últimos anos, termos como inovação, sustentabilidade ambiental e compliance ganharam status de palavras chiques nos discursos de gestores públicos e privados. Viraram presença quase obrigatória em painéis, entrevistas e planejamentos estratégicos. Mas, por trás desse verniz “sexy” que esses conceitos carregam, é preciso reforçar: esses temas não podem ser tratados como modismos. Eles são pilares de uma gestão pública mais profissional, estratégica e focada em resultados concretos.

Hoje, quero me reservar a refletir especialmente sobre o papel da inovação no setor público. Afinal, o que é inovar? Por que inovar? Inovação é, antes de tudo, resolver problemas.

É preciso desfazer a ideia de que inovar é simplesmente implementar uma tecnologia de ponta, criar um laboratório ou montar um escritório com pufes coloridos. Inovação não é sobre ser legal, leve ou cool. É sobre melhorar a vida das pessoas. Ponto.

No setor público, inovar é buscar maneiras mais eficientes de atender o cidadão. É reduzir custos sem comprometer a qualidade. É aumentar a produtividade e eliminar burocracias desnecessárias.

É tornar a jornada do cidadão mais simples, mais rápida, mais humana. Em última instância, é promover bem-estar social, qualidade de vida e dignidade. E isso exige foco, seriedade e um forte compromisso com resultados.

Segundo uma pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), 77,1% dos brasileiros que utilizaram serviços públicos digitais consideraram a experiência fácil ou muito fácil. A digitalização já faz parte da cultura do brasileiro.

Ela permite que os cidadãos resolvam demandas que antes exigiam filas, deslocamentos e longos prazos de resposta, com poucos cliques no computador ou no celular. Em vez de entregar documentos pessoalmente, por exemplo, o cidadão pode enviar tudo digitalmente.

Em vez de ter que se deslocar a um órgão público para uma simples atualização de cadastro, é possível fazer tudo online, de forma segura e eficiente.

Quando gestores públicos abraçam de verdade uma cultura de inovação — não como um modismo, mas como um caminho —, o impacto é transformador. Isso significa redesenhar processos, qualificar lideranças, escutar o cidadão, adotar evidências na tomada de decisão e, sim, ter coragem de mudar o que sempre foi feito do mesmo jeito.

E é aqui que inovação se conecta a outros pilares igualmente fundamentais: a lógica ambiental, que nos chama à responsabilidade intergeracional, e o compliance, que garante integridade e confiança nos serviços públicos.

Juntos, esses elementos formam uma equação poderosa para transformar a gestão pública em um instrumento de desenvolvimento sustentável, competitivo e inclusivo.

No fim das contas, inovar é tornar nossas cidades, estados e o País como um todo mais justos e eficientes. É promover inclusão, gerar emprego, renda e oportunidades. É fazer com que o Estado cumpra seu papel de servir com excelência à sociedade.

A inovação pode até estar na moda, mas ela precisa ir muito além do discurso bonito. Ela deve ser introjetada na cultura organizacional e, principalmente, nas entregas. Quando a inovação se torna compromisso, ela deixa de ser um conceito “cool” para se tornar o que realmente é: um motor de transformação social.

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