X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Diretor do INSS que é sócio em empresas terá de se explicar à Comissão de Ética

Segundo presidente do órgão, Mário Sória não será efetivado no cargo


Ouvir

Escute essa reportagem

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Junior, determinou que o diretor substituto de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do órgão, Mário Sória, preste imediatamente esclarecimentos à Comissão de Ética Pública do governo federal sobre a sua atuação como sócio de duas empresas que atuam na área de previdência.

Imagem ilustrativa da imagem Diretor do INSS que é sócio em empresas terá de se explicar à Comissão de Ética
Edíficio-sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Brasília. |  Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Sória não será efetivado no cargo. Para o seu lugar, Waller Junior vai nomear a servidora Márcia Eliza de Souza para comandar a diretoria de Benefícios. O posto é o mais importante do INSS, responsável pela folha de pagamentos de R$ 1 trilhão por ano do instituto.

A nomeação deverá ser publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (12), segundo Waller Junior.

Como revelou a Folha de S.Paulo, Sória tem participações na consultoria Andaluz Investimentos e na Longeve Educação. Diretor de tecnologia do INSS desde o final de 2023, Sória é interino também na diretoria de Benefícios desde que a operação Sem Desconto da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) afastou Vanderlei Barbosa dos Santos em abril.

A Andaluz oferece, entre outros serviços, consultoria sobre previdência complementar. "Na Andaluz Consultoria de Investimentos, entendemos a complexidade e a importância dessas decisões. Nossa equipe de especialistas está pronta para orientá-lo através dessas novas opções, garantindo que suas escolhas estejam alinhadas com seus objetivos de longo prazo", diz um dos informes da empresa sobre o tema em sua página na internet.

A Longeve presta serviços ligados à gestão previdenciária, comprev (compensação previdenciária) e planejamento financeiro. Sória é também membro suplente do Conselho Nacional de Previdência Complementar, indicado pelo INSS. O instituto e a Andaluz negaram a existência de conflito de interesses. A Longeve não respondeu à reportagem.

"Não acho normal. O que me foi passado é que era uma consultoria financeira, ele era sócio minoritário. O que determinei imediatamente foi que ele fizesse uma consulta à Comissão de Ética Pública", disse Waller Junior em entrevista à Folha de S.Paulo.

O presidente do INSS disse que Márcia Eliza, que já comandou a diretoria de Benefícios, já atuou para barrar as irregularidades dos descontos associativos. "Ela foi a primeira a brigar por essa questão de associação. Ela desconstituiu quatro associações. É uma pessoa tecnicamente muito preparada e muito séria como pessoa", disse.

A futura diretora é procuradora federal desde 1998. No serviço público, exerceu várias atividades, desde a defesa do INSS em ações previdenciárias, como cargos na esfera administrativa, como procuradora-chefe da PFE (Procuradoria Federal Especializada) do instituto, diretora de Benefícios e presidente do CRPS (Conselho de Recursos da Previdência Social). Também foi diretora do Departamento de Contencioso Previdenciário na PGF (Procuradoria-Geral Federal). Com 60 anos, Márcia Eliza tem 41 anos de serviço público.

Após a operação Sem Desconto, o novo presidente do INSS começou uma reestruturação no órgão e nos processos de concessão dos benefícios. O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, delegou a ele em portaria autonomia para nomear, exonerar e contratar. Na gestão anterior do ex-ministro Carlos Lupi, o INSS não podia nomear ou exonerar um cargo da sua estrutura. Tudo tinha que passar pelo crivo do Ministério da Previdência.

O ministro Wolney Queiroz também já delegou a possibilidade de instâncias contratuais para poder contratar sem a necessidade do Ministério. Até agora, o INSS era totalmente dependente do Ministério.

Segundo Waller Júnior, o presidente Lula (PT) deu autonomia para fazer indicações técnicas. "O critério para assumir cargos tem que ser único e exclusivamente se a pessoa é adequada para aquele cargo. As nomeações e exonerações que estou fazendo, eu não pergunto de quem que ele foi indicado, quem o mantém ali. Simplesmente estão sendo exonerados e nomeados novos técnicos. Essa pergunta de quem, indicou, quem te assegura, não é feita. Não é feita a mando do presidente Lula".

Os cargos do INSS em Brasília e nos estados são cobiçados pelos parlamentares dos partidos aliados do governo no Congresso.

O presidente do INSS informou ainda que conversou com a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, para reforçar o quadro de servidores do INSS, que caiu fortemente nos últimos anos. "Tem uma sinalização boa de novo concurso", disse.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: