"Não seremos coadjuvantes", diz Marcelo Santos sobre federação
Presidente da Assembleia vai assumir a liderança do União Brasil no Estado
O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Marcelo Santos (União Brasil), afirmou em entrevista à coluna que a recém-criada federação União-Progressista — formada por União Brasil e Progressistas (PP) — não aceitará papel de coadjuvante nas eleições de 2026. Segundo ele, a aliança entre os dois partidos vem para ocupar um espaço relevante no tabuleiro político capixaba e terá voz ativa nas articulações.
Durante a conversa, Marcelo também abordou a relação com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni (União Brasil), que passou por um período de tensão após uma disputa interna pelo comando do partido no Estado. “A direção nacional, por talvez alguma falha de comunicação, não transmitiu corretamente as informações ao Rigoni. Isso gerou um fio desencapado entre nós. Hoje, está claro que temos o mesmo objetivo: disputar as eleições e conquistar espaço”, afirmou.
Marcelo destacou que a federação representa uma oportunidade de alinhar esforços e fortalecer a atuação partidária. “A federação nos permite remar sincronizados, mas seguiremos buscando parcerias para engrossar o caldo. Não seremos coadjuvantes. Estaremos no jogo, com voz e voto. Chegou a hora de dar a devida importância à federação”.
A declaração veio após uma reunião com Rigoni, que, segundo Marcelo, teve como foco o alinhamento interno e o planejamento da montagem de uma chapa competitiva para 2026, agora em parceria com o PP. Ele também comentou o convite feito por Antonio Rueda para assumir o União Brasil no Estado.
"Rueda fez esse convite para assumir o partido. Como outros do País, será um presidente de Assembleia sendo presidente da sigla. Mas, sobretudo, nossa conversa foi para fazermos um alinhamento interno".
Marcelo também salientou que o deputado federal Josias Da Vitória (PP), escolhido para presidir a federação no Espírito Santo, reúne condições para disputar uma vaga majoritária. O Senado, inclusive, é uma possibilidade “muito real”, segundo ele. “É natural que Da Vitória assuma a liderança, já que o PP tem dois deputados federais, enquanto o União Brasil não elegeu nenhum. Se tivéssemos eleito, haveria espaço para discutir uma alternância”.
Ele ainda reforçou que, agora como federação, será necessário garantir reciprocidade dos aliados: “Queremos apoio para montar nossas chapas. E o apoio do governo é importante nesse processo”, sinalizou o presidente da Assembleia.
Em tempo...
O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), estava projetando migrar para o União Brasil para presidir o partido em nível estadual. Entretanto, até o momento, não se sabe se ele o fará. Nesta terça-feira (06), Euclério esteve reunido com Marcelo, governador Casagrande (PSB), e vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB).
As dúvidas do prefeito sobre mudança de partido teriam surgido após a formação da federação, que teria esfriado o movimento. À coluna, Euclério chegou a admitir na semana passada que “não estava muito animado” com a mudança.
A decisão dele, porém, ainda não foi comunicada oficialmente. O espaço permanece aberto para que ele se manifeste.
MATÉRIAS RELACIONADAS:



