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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Felicidade na terceira idade é possível e necessária

Confira a coluna desta segunda-feira (05)

Gustavo Genelhu | 05/05/2025, 13:26 h | Atualizado em 05/05/2025, 13:26

Imagem ilustrativa da imagem Felicidade na terceira idade é possível e necessária
Gustavo Genelhu é médico geriatra |  Foto: Divulgação

“Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente”. Essa frase atribuída ao ilustre escritor brasileiro Érico Veríssimo descreve de forma objetiva o bem-estar que buscamos desfrutar ao longo de toda a nossa existência.

E essa sensação pode e precisa habitar dentro de nós em qualquer fase da vida, independentemente da idade, dos anos que já vivemos e especialmente do quanto ainda iremos viver.

A pesquisa Ipsos Happiness Index 2025 apontou que 75% das pessoas com mais de 70 anos consideram-se felizes ou muito felizes. O número é maior que o das pessoas que estão na faixa etária dos 20 aos 25 anos.

Estudos realizados em 30 países, incluindo o Brasil, representado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), indicam que a felicidade aumenta de maneira proporcional ao avanço da idade. Conforme a análise, o pico dessa sensação ocorre, em geral, por volta dos 65 a 75 anos.

Os entrevistados pelos pesquisadores apontaram alguns fatores que influenciam no estado de felicidade no ápice da terceira idade: relacionamento com a família e o fim da pressão social pela estabilidade financeira ou conforto material estão entre eles.

Essas razões assinaladas pelas pessoas idosas nos levam a uma reflexão importante sobre a forma que levamos a vida e também o quanto podemos influenciar positivamente na vida dos nossos amigos e familiares de idades mais avançadas.

Chegar à terceira idade na companhia da felicidade é uma dádiva que precisa ser construída por muitas mãos. Reações baseadas no respeito, no cuidado, na gratidão e na responsabilidade são ingredientes poderosos que constroem uma vida feliz, mesmo em meio aos problemas e enfrentamentos que, mais cedo ou mais tarde, chegam para todos.

Também é fato que sentimentos de tristeza, angústia e falta de prazer pela vida são comuns na terceira idade. Enfermidades emocionais podem, sim, ser tratadas clinicamente, mas acima de tudo, necessitam de remédios que não são vendidos em prateleiras das farmácias. Podem ser encontrados no diálogo, na paciência e na prioridade que cada idoso tem para aqueles que ama.

Outro ponto para se refletir é entender que a felicidade não está condicionada à idade. Com a sabedoria que os anos acumulados nos trazem, precisamos compreender que não podemos brigar com o tempo: nem o que foi vivido, e tampouco o que temos para viver.

Não se trata de romantizar os desafios trazidos pela idade avançada, mas de perceber que tudo que temos nas mãos é o tempo presente, que não deve ser invalidado só porque já se viveu muito.

O valor e a intensidade que damos aos nossos dias nos fazem mais fortes e gratos, seja na hora de enfrentar os problemas ou até mesmo para aceitar o que não pode ser mudado. E esse tempo que temos no agora da vida chama-se presente e tem apenas a duração do instante que passa.

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