Corinthians tem muros pichados contra Augusto Melo: ‘Muito podcast e pouco futebol’
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Após ter as contas de 2024 reprovadas nesta semana, Corinthians e Augusto Melo vivem um momento de crise em seu segundo ano de gestão e diante da torcida. Nesta terça-feira, os muros do Parque São Jorge, sede do clube alvinegro, foram pichados com manifestações e protestos contra o mandatário, bem como o desempenho da equipe no início do Campeonato Brasileiro.
“Fora Augusto Melo”, “Cadê as contas, Pinóquio” e “Muito ‘podcasts’ e pouco futebol” foram alguma das frases escritas em protestos à gestão de Augusto Melo. A última delas em referência às entrevistas que presidente e jogadores têm concedido nos últimos tempos, em canais como Podpah e Benja Me Mucho. Os muros já tiveram as pichações apagadas na manhã desta quarta-feira.
A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube, também se manifestou oficialmente no últimos dias contra Augusto e seus pares. Os protestos desta vez ocorrem em um momento conturbado do clube. Além da mudança no comando técnico – Dorival Júnior estreia nesta quarta-feira, em duelo com o Novorizontino, pela Copa do Brasil –, a vida política corintiana é a principal pauta no noticiário do clube, em especial com as contas reprovadas.
As contas do primeiro ano da gestão de Augusto Melo não foram aprovadas no Conselho Deliberativo nesta segunda-feira; Foram 130 votos favoráveis à reprovação, 73 contra e seis abstenções de 209 conselheiros que se apresentaram para votação. A decisão, conforme determinado pelo estatuto do clube, pode desencadear um novo pedido de impeachment contra o dirigente.
Augusto chegou a tentar adiar a votação desta segunda, mas o pedido foi negado por Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho e figura central da guerra política em curso nos bastidores do clube.
Durante a reunião no Parque São Jorge, para recomendar a reprovação das contas, o Conselho de Orientação (CORI) apresentou um parecer, ao qual o Estadão teve acesso, em que aponta que o passivo total do clube teve um aumento de R$ 829 milhões ao longo do ano passado.
O parecer lista diversos outros motivos ligados à falta de transparência, como, por exemplo, a não apresentação do contrato do astro Memphis Depay ao órgão fiscalizador.
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