Na berlinda
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O vitorioso Carlo Ancelotti, um dos treinadores cotados para assumir a seleção brasileira, vive realmente um dos momentos mais difíceis de sua passagem pelo Real Madrid. A eliminação na quartas-de-final da Champions para o Arsenal do espanhol Mike Arteta trouxe novos questionamentos para o italiano. E o mais recente dá conta da quantidade de bolas cruzadas sobre a área dos ingleses na derrota por 2 a 1, no Santiago Bernabéu.
O time que teve o quarteto ofensivo formado por Mbappé, Vinicius Jr, Bellingham e Rodrygo fez 33 cruzamentos, sem contar com as dez bolas erguidas em cobranças de faltas e escanteios. A marca não se repetia desde a derrota por 3 a 2 para o Shakhtar na fase de grupos da própria Champions, em outubro de 2020.
Há quase cinco anos, portanto. Os dados foram compilados pelo jornal “El País”, extraídos de aplicativos de estatística do jogo.
Para os espanhóis, foi a senha que abre a porta para a saída do italiano após o encerramento da La Liga, em maio – antes mesmo da disputa do Mundial de Clubes.
O time, sem repertório ofensivo, mas com atacantes da primeira prateleira, recorreu ao plano de jogo que o marcou na temporada 2018/19, a primeira no pós-Cristiano Ronaldo. Sendo que hoje, a estatura do quarteto varia entre o 1,74m de Rodrygo e o 1,86m de Bellingham.
Enfim, o momento do incensado Ancelotti, que fará 66 anos em junho, não é muito diferente do daqueles que vivem as mazelas do nosso futebol.
Está sob fogo cruzado, criticado por deixar que os quatro astros da fase ofensiva encontrem um mecanismo que os favoreça, e precisando da vitória sobre o Athletic de Bilbao, neste domingo, no Bernabéu, para seguir na luta pelo título espanhol – a diferença para o Barcelona hoje é de sete pontos.
Português
Do lado de cá, Ednaldo Rodrigues, o presidente da CBF, por ora apenas acompanha o desenlace.
Já sondou o português José Mourinho e hoje tem o olho virado para o patrício Jorge Jesus, que tem planos de encerrar seu vínculo com o Al Hilal em 3 de maio.
E é ele, o polêmico e absolutista Ednaldo, quem decidirá se o mais indicado para assumir o lugar de Dorival Júnior é Jesus ou Ancelotti – e a tempo do jogo contra o Equador, pelas Eliminatórias.
Até lá, seguiremos assistindo aos treinadores em atividade por aqui se esforçando para chegar ao final da temporada. Está difícil.
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