X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Uma em cada 10 mulheres tem sinais de endometriose

Cólicas fortes e diarreia no período menstrual são alguns sintomas. Tratamento pode ser clínico ou cirúrgico


Ouvir

Escute essa reportagem

Uma em cada 10 mulheres sofre com os sintomas de endometriose no Brasil e desconhece sua existência, de acordo com o Ministério da Saúde. Condição crônica, ela pode impactar negativamente na qualidade de vida de quem a tem.

Luiz Alberto Sobral, professor de Ginecologia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), explicou que a endometriose é uma doença inflamatória, proliferativa, na qual o tecido do endométrio, que recobre por dentro o útero, se forma fora do seu local habitual.

“Ela guarda relação com o ciclo menstrual e com o hormônio chamado estrogênio. Por ação deste é que o endométrio prolifera”.

Ele afirmou que há pacientes assintomáticas, mas também as que têm sintomas, sendo o mais comum a dor no período menstrual, com a cólica.

A doença também pode estar relacionada a dores na relação sexual e conta ainda com sintomas dependendo do órgão que acometer. Se for no intestino, pode haver diarreia e sintomas intestinais que pioram no período menstrual.

Katrynni Oliveira Rodrigues, ginecologista e obstetra, completou dizendo que os impactos da doença aumentam o risco de depressão e ansiedade, além de interferir na relação familiar e profissional.

E vai além: o quadro pode dificultar a gravidez. “A inflamação da endometriose pode acometer vários órgãos e interferir no funcionamento pleno deles. Os mais frequentemente atingidos são aqueles perto do útero, como ovário, trompa, bexiga e a parte final do intestino”, contou.

“No ovário, pode dificultar a ovulação, diminuir a reserva ovariana; na trompa, dificulta a mobilidade podendo causar a obstrução das trompas. Mas como existem dois ovários e duas trompas, para ter uma infertilidade, ela teria que ter um acometimento bilateral”.

Em relação ao tratamento, Thaissa Tinoco, ginecologista e especialista em cirurgia minimamente invasiva e cirurgia robótica, explicou que existem dois tipos: o clínico e o cirúrgico.

Com o objetivo de diminuir a inflamação, o primeiro é feito por meio de atividade física, alimentação anti-inflamatória, bloqueio hormonal, fisioterapia pélvica e acupuntura. Já a cirurgia é uma opção quando o tratamento clínico não é o suficiente.

TRATAMENTO

Hoje estou bem melhor

Imagem ilustrativa da imagem Uma em cada 10 mulheres tem sinais de endometriose
|  Foto: Fábio Nunes/AT

Érica Mendonça Barbosa Bispo, de 37 anos, contou que descobriu a endometriose há cerca de dois anos.

Na época, entre os sintomas que ela apresentava, relatou ter fluxo menstrual muito intenso e também se sentia muito fadigada por conta da anemia por deficiência de ferro.

Como tratamento, ela tomou medidas importantes: fez o implante hormonal de gestrinona, passou a cuidar da alimentação usando uma dieta anti-inflamatória, faz reposição de vitaminas e também se exercita regularmente.

“Hoje estou bem melhor, e consigo levar uma vida tranquila, não descuidando da alimentação e da atividade física, que ajudam bastante. Ter descoberto o problema ajudou a saber como lidar com os sintomas, seguindo o tratamento adequado”, afirmou.

SAIBA MAIS

Endometriose

Classicamente, acomete mulheres em idade reprodutiva, principalmente entre 25 e 35 anos.

Diagnóstico

É um diagnóstico considerado difícil, pois os sintomas nem sempre são específicos e podem ser confundidos com os de outras doenças ou considerados comuns.

A ginecologista e obstetra Katrinny Oliveira Rodrigues destacou que não existe um exame específico. Porém, a ultrassonografia e a ressonância magnética auxiliam no diagnóstico presumido da doença, em conjunto com sua história clínica e exame físico.

A videolaparoscopia e a análise anatomopatológica subsequente ainda são o procedimento padrão ouro para o diagnóstico definitivo, mas é cirúrgico.

Tratamento

A ginecologista Thaissa Tinoco detalhou as opções:

Clínico

Alimentação anti-inflamatória: Deve ser rica em fibras, frutas e vegetais.

Bloqueio hormonal: Pode ser feito com o uso de anticoncepcionais orais de uso contínuo, implante subcutâneo com hormônio, DIU hormonal ou anel vaginal.

Atividade física, fisioterapia pélvica, acupuntura, medicações para dor.

Cirúrgico

É recomendado nos seguintes casos:

Falha no tratamento clínico, que não tira a dor incapacitante.

Quando há endometrioma (endometriose no ovário) muito grande, volumosa.

Quando a inflamação já invadiu outros órgãos.

Infertilidade. Estudos demonstram que a retirada de todos os focos e pontos de fibrose e inflamação da endometriose aumentam a chance de gravidez espontânea depois da cirurgia se todos os outros causadores de infertilidade estiverem normais.

Fonte: Pesquisa AT e especialistas.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: