Dono de bar que esfaqueou e matou jovem na Rua da Lama se torna réu
Vilson estava preso temporariamente desde o dia 18 de março, data em que se entregou à polícia na Delegacia de Homicídios de Vitória
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O empresário Vilson Luiz Ballan, que esfaqueou e matou Breno Rezende de Carvalho, de 25 anos, virou réu em uma ação penal. O crime aconteceu na Rua da Lama, em Jardim da Penha, Vitória, no dia 15 de março, e foi registrado por câmera de viodeomonitoramento. Breno foi morto após uma discussão com o empresário, pelo pagamento de uma cerveja no valor de R$16, que o jovem havia comprado no bar do denunciado.
A decisão pela prisão preventiva é assinada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Vitória, Carlos Henrique Rios do Amaral Filho, que aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
"Os fatos narrados nos autos demonstram que a conduta praticada pelo denunciado é de extrema gravidade: trata-se de homicídio doloso qualificado, supostamente praticado por motivo fútil (desentendimento por cobrança de R$ 16,00 – dezesseis reais – cuja quitação havia sido previamente confirmada pelo garçom) e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima", escreveu o magistrado.
Vilson estava preso temporariamente desde o dia 18 de março, data em que se entregou à polícia na Delegacia de Homicídios de Vitória. O juiz também decretou a prisão preventiva do empresário, argumentando que "é recomendável a medida extrema para garantir a regularidade da instrução criminal, evitando eventual intimidação de testemunhas e interferência na colheita da prova oral".
Denúncia
Para a Justiça do Espírito Santo, o MPES enfatizou que Vilson agiu de forma consciente, e que intimidou Breno antes do crime. A vítima estava com amigos no bar "Sofá da Hebe", consumiu uma cerveja e deixou a outra previamente paga.
Ainda de acordo com o Ministério, Vilson foi até a mesa onde Breno estava, afirmou que as bebidas não haviam sido pagas, e cobrou o grupo. Breno explicou que já havia pagado a conta, mas Vilson, em tom alterado, exigiu o pagamento da quantia e fez ameaça: "Vocês têm 5 minutos para resolver isso aí".
O grupo conversou com um garçom do Sofá da Hebe, que confirmou ao empresário que a cerveja já havia sido paga, mas Vilson discutiu com o garçom, e, em seguida, permaneceu encarando Breno.
Alguns momentos depois, Breno e os amigos deixaram o Sofá da Hebe e foram até outro bar, Did's, onde o crime aconteceu. O MP sustenta que Vilson foi até o local onde a vítima estava, retirou uma faca da cintura, e desferiu o golpe fatal em Breno.
"O crime foi praticado por motivo fútil, eis que a conduta homicida teve origem em desentendimento banal relacionado à cobrança indevida de uma cerveja no valor de R$ 16,00 (dezesseis reais), cuja quitação havia sido previamente confirmada pelo garçom".
Breno ainda tentou se defender com um soco, mas morreu no local. O MPES sustenta também que o crime foi executado com recurso que dificultou a defesa da vítima.
"Infere-se que o crime foi executado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que Vilson se aproximou da vítima que estava em um contexto de descontração com os amigos e, de forma repentina, retirou uma faca da cintura e desferiu o golpe em Breno, o que reduziu drasticamente suas chances de defesa e resistência".
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