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Economia

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50 demitidos todo mês por usar aplicativos eróticos e de namoro

Levantamento aponta que pelo menos 50 perdem o emprego todo mês no Estado por usar serviços como Privacy, OnlyFans e pornografia

foto autor
Verônica Aguiar, do jornal A Tribuna
04/09/2024 - 7:30 • Atualizada em 04/09/2024 às 8:12

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Imagem ilustrativa da imagem 50 demitidos todo mês por usar aplicativos eróticos e de namoro
Elcio contou que alunos descobriram perfil de profissional de educação física e levaram caso à gestão de academia |  Foto: Beto Morais — 22/08/2019

O acesso a plataformas de pornografia, a redes voltadas para produção e consumo de conteúdos eróticos e aplicativos para relações extraconjugais tem causado diversas demissões. Até um juiz dos EUA perdeu o cargo devido a esse comportamento.

As dispensas, contudo, ocorrem em todo o mundo, inclusive no Espírito Santo, onde pelo menos 50 são demitidos todos os meses, conforme levantamento realizado pela reportagem junto a empresários e especialistas em gestão de pessoas e equipes da área de Recursos Humanos. Eles apontam que normalmente as empresas optam pela demissão sem justa causa.

Uma das especialistas em pessoas e carreiras ouvidas, Gisélia Freitas contou um fato ocorrido em Vitória. Um profissional foi demitido porque a empresa identificou que ele estava entrando em site de pornografia durante o expediente.

“Ele estava não só colocando em risco a segurança da empresa, devido aos vírus presentes nesses sites, como estava fazendo isso durante o expediente”, frisou. Ele foi demitido sem justa causa, embora coubesse a justa causa, segundo ela.

Já em relação a quem se expõe produzindo conteúdo para sites adultos, ela pontuou que o Estado é muito pequeno e que as empresas têm medo da repercussão nos bastidores, por mais que seja velada. “As pessoas fazem isso por renda extra e podem se prejudicar no trabalho.”

Para o CEO da Heach EUA e América Latina, Élcio Paulo Teixeira, o número de dispensas por causa de sites adultos e de namoro é ainda maior, podendo chegar a mil por ano. Quanto a redes como OnlyFans ou Privacy — sites para produção e consumo de conteúdo erótico — ele afirmou que legalmente a empresa nada pode fazer.

“Mas ela demite, principalmente se lida com o público, e essa situação cria constrangimento”.

Em Vitória, segundo ele, um profissional de educação física foi desligado de uma academia por fazer vídeos de sexo no OnlyFans.

A situação chegou ao conhecimento da academia pelos próprios alunos. “Se alguém da conexão descobre, isso se espalha muito rapidamente”, alertou o especialista.

Atividades que prejudicam a imagem da empresa, violam políticas internas ou utilizam recursos corporativos podem justificar demissão, inclusive por justa causa, segundo a CEO da Kato, Roberta Kato. “É fundamental conhecer e seguir as políticas internas para evitar complicações na carreira”.

É possível justa causa em alguns casos, afirma juiz

O uso de sites adultos em local de trabalho ou a exposição da imagem do colaborador de forma não alinhada aos valores da empresa em que atua, prejudicando sua imagem corporativa, pode resultar em demissão por justa causa, segundo o juiz da 3ª Vara do Trabalho de Vitória, Marcelo Tolomei Teixeira.

O magistrado ressaltou que o limite é muito claro. Ele esclarece que, na vida privada dos empregados, o empregador raramente pode se intrometer.

Já no ambiente de trabalho, ele explica que o empregado que faz uso de sites pornográficos pode estar incurso na chamada incontinência de conduta, que nada mais é do que o desregramento sexual, capaz de gerar a justa causa.

“Como qualquer justa causa, se questionada em juízo, o empregador é que deve provar os fatos”.

Mas se o empregado vender a própria imagem para sites eróticos, por exemplo, e o empregador entender que isso afeta a imagem dele enquanto profissional, ele pode perder o emprego.

De acordo com o juiz, tudo depende do tipo do empregador, da clientela que ele atende. “Dependendo da repercussão, pode ser natural a demissão por justa causa”. No entanto, frisou que é necessário analisar caso a caso.

Alerta para uso de serviços famosos, como o Tinder

Populares no Brasil, o uso de aplicativos de paquera como Tinder e Happn podem levar à demissão quando feito de forma inapropriada ou durante o expediente. Especialistas explicam que as empresas buscam profissionais cuja imagem seja compatível com seus valores.

Alguns profissionais relatam receio de entrar no aplicativo e encontrar gente conhecida, colegas de trabalho e até mesmo superiores.

CEO do Grupo Kato, Roberta Kato explicou que se houver um código de ética descrevendo o comportamento adequado dos profissionais, o colaborador pode ser demitido por justa causa caso seu comportamento afete a imagem da empresa.

A especialista em pessoas e carreiras Gisélia Freitas detalhou que esses aplicativos são socialmente aceitos, sendo mais comum ainda em outras culturas. “Embora exista preconceitos, seu uso adequado não abala a vida do profissional em termos de carreira”, observou.

Mas pontuou que, como ocorre em todas as redes sociais, tudo depende da forma como a pessoa se expõe. “Mesmo sendo algo socialmente aceito, tem que tomar cuidado com a postura”, frisou.

O uso desses aplicativos é normal, mas não cabível durante o expediente, conforme explica o CEO da Heach EUA e América Latina, Élcio Paulo Teixeira. E mesmo que seja no próprio celular, a empresa percebe, segundo ele.


Saiba mais

Profissional tem direito à sua privacidade

- Sites adultos

O acesso a sites adultos, como XVideos, Pornhub, entre tantos outros, pode ser prejudicial ao empregado, do ponto de vista corporativo, quando feito dentro da empresa.

Além disso, a produção de conteúdo para esses sites, envolvendo a imagem do colaborador, também pode trazer consequências caso repercuta sobre a imagem dele enquanto profissional e sobre a empresa. A avaliação deve ser feita caso a caso.

O mesmo pode acontecer com o colaborador que decidir usar a própria imagem para produção e venda de conteúdo erótico em redes. Contudo, caberá ao empregador comprovar essas consequências.

- Privacidade

Todo cidadão tem direito à privacidade. Na vida privada dos empregados, o empregador raramente pode se intrometer, conforme explicou o juiz da 3ª Vara do Trabalho de Vitória, Marcelo Tolomei Teixeira.

- Aplicativos de paquera

Se utilizado durante o expediente, trazendo repercussão sobre o rendimento do funcionário, o aplicativo de paquera também pode ser um problema.

Contudo, se utilizado em momentos apropriados, ele tende a não trazer repercussões sobre a vida profissional do empregado. Embora tudo dependa do posicionamento do cidadão no aplicativo.

- Relacionamentos

A presença em aplicativos de paquera muitas vezes é a forma que as pessoas encontram para se relacionar, por diversos motivos, tais como falta de tempo e oportunidade para sair e conhecer pessoas novas, timidez, entre tantos outros. Há, inclusive, pessoas que constituem família, com parceiros que conheceram por meio do recurso.

A presença em si nessas redes não é problema: “É vida pessoal”, destacou a Ceo do Grupo Kato, Roberta Kato. Mas é possível sim que, no aplicativo, o profissional encontre outros colegas de trabalho e até mesmo profissionais da empresa hierarquicamente superiores.

Fonte: Roberta Kato, Elcio Paulo Teixeira, Gisélia Freitas, Marcelo Tolomei.

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