Lula estanca pressão da base por reforma ministerial
Coluna foi publicada nesta quinta-feira (30)
O presidente Lula avisou a auxiliares que não pretende deflagrar uma reforma ministerial ou trocar seus articuladores políticos após a derrota sofrida no Congresso. A palavra de ordem é apenas ajustar ponteiros com o time atual. Ao fazer um balanço da goleada da oposição, que derrubou o veto de Lula à “saidinha” dos presos, parlamentares da base defenderam com o Planalto um freio de arrumação na articulação com a Câmara e o Senado para facilitar a aprovação de temas caros ao governo. Apesar da queixa geral, interlocutores palacianos estimam que a reforma ministerial ampla será feita somente após as eleições municipais, quando um novo desenho político do País pode ser definido. A articulação deve ser casada com a sucessão no comando do PT.
Pois é. Como revelou a Coluna, uma ala do PT atribuiu ao líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, responsabilidade pelas vitórias da oposição, apesar de parlamentares da sigla terem votado contra o presidente.
Panelinha. Em meio à “ressaca” com as derrotas, aliados não petistas reciclaram a reclamação de que Lula confiou ministérios palacianos somente ao PT. Os líderes do governo na Câmara, José Guimarães, e no Senado, Jaques Wagner, também são do partido, e Randolfe já anunciou que vai voltar às fileiras petistas.
Hermanos. Em giro internacional para fortalecer a direita brasileira, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro chegam nesta quinta (30) a Buenos Aires para uma audiência no Congresso da Argentina. Por lá, os deputados Eduardo Bolsonaro (PL), Marcel Van Hatten (Novo) e Rodrigo Valadares (União) vão reforçar as críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao governo Lula.
Eu vou. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), é presença confirmada nesta quinta (30) na Marcha para Jesus em São Paulo. Ele pretende discursar de improviso e firmar-se como nome da direita na disputa presidencial.
Ao menos. O primeiro escalão do governo comemorou a decisão do ministro do STF André Mendonça que limitou as restrições às “saidinhas” a pessoas detidas após a promulgação da lei. Para interlocutores palacianos, o despacho amenizou a derrota do presidente Lula, que teve seu veto à legislação derrubado pelo Congresso na última terça-feira (28).
Empurrão. A leitura no Ministério da Justiça é de que a decisão de Mendonça posterga os efeitos da lei aprovada pelo Congresso por “no mínimo dez anos”. Afinal, atingidos pelo fim das saidinhas só poderiam requisitar o benefício após o trânsito em julgado da condenação e a progressão de regime, trâmites demorados.
Cansei. O PT do Distrito Federal está concentrado em encontrar um nome de peso para disputar a Câmara em 2026. Única representante do PT-DF na Casa, a deputada federal Erika Kokay avisou ao partido que não pretende disputar a reeleição e só trabalha com a ideia de sair ao Senado.
Espólio. O medo do PT é perder sua única cadeira na bancada do DF. Para assumir os votos da parlamentar, o PT aposta no deputado distrital Chico Vigilante. Ele está no quinto mandato consecutivo e, na Câmara Legislativa, presidiu a CPI que investigou os atos golpistas de 8 de janeiro.
Pronto, falei!
"Estamos numa epidemia de roubos e furtos de celulares. O Congresso precisa propor um tratamento adequado ao tema e agravar as penas para esses ilícitos.” - Rosana Valle (PL-SP), deputada federal