Quem dá mais?
Coluna foi publicada no domingo (19)
A questão não é sobre vestir a camisa de um clube com contrato a cumprir com outro. Mas, sim, de como vesti-la. A hora de vesti-la. A finalidade ao vesti-la. Ou seja: a mensagem passada por Gabriel Barbosa, fotografado na última quinta-feira (16), em seu lar, trajando camisa do Corinthians, é auto-explicativa e conclusiva: acabou o respeito. E, sendo assim, como em qualquer relação afetiva, fica evidente que seu ciclo no clube chegou ao fim. A questão passa a ser meramente comercial.
Não há no andar superior quem análise o episódio como ato de ingenuidade - tampouco quem o veja como uma peça do “faz de conta” virtual. Pelo contrário: a conclusão é de que foi mais uma cartada do jogador na guerra-fria com o presidente Rodolfo Landim.
Gabriel Barbosa sabe que o clube não aceitará sua proposta para mais uma renovação de contrato e joga como pode em busca da liberação com o menor ônus possível para o futuro interessado. No caso, o Corinthians.
Pelo o que me disseram às portas do salão nobre da Gávea, horas antes do vazamento da tal foto, a permanência do ídolo e artilheiro dos dois últimos títulos da Copa Libertadores não é um tema que tira o sono de Rodolfo Landim.
Por que o tema veio à tona? Porque já corre nos bastidores do Cruzeiro, que tem novo dono em sua SAF, a versão de que Gabriel estaria nos planos do trio Pedro Lourenço, Alexandre Mattos e Paulo Pelaipe. Seria o carro-chefe de um novo time para o Cruzeiro.
Para estar ao alcance de outro clube brasileiro, o atacante, que completará 28 anos em agosto, teria mesmo de conseguir que o Flamengo o liberasse sem o ônus da multa rescisória.
É isso não irá acontecer antes do término de seu contrato, em dezembro. Faça o que fizer. Há quem defenda na Gávea a liberação agora, e a qualquer custo, só pelo dinheiro a ser economizado - Gabriel é um jogador que custa cerca de R$ 2 milhões mensais ao clube. Um exagero que Landim não aceitará.
Enfim… de todo este imbróglio ficou para a mim a constatação de que Gabriel Barbosa não entendeu sua representatividade na história do Flamengo.
Aposta
E o Conselho Deliberativo vota na quinta-feira (23), a proposta de reforma do contrato de patrocínio, conforme publicado neste espaço há um mês. A Pixbet passará a pagar em torno de R$ 100 milhões por ano em vez dos atuais 85 milhões.