PSDB tenta atrair de volta o ex-ministro Andrea Matarazzo para concorrer à prefeitura de São Paulo pela sigla |  Foto: Reprodução / Instagram @andreamatarazzo

O PSDB sabe que se decidir por candidatura própria à Prefeitura de São Paulo este ano, em vez de apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB), perderá pelo menos cinco dos seus oito vereadores. O partido, porém, faz uma conta mais pragmática: se não lançar candidatos, especialmente na capital, corre o risco de desaparecer no Estado. Os tucanos têm só 28 dos mais de 200 prefeitos que elegeram e precisam reforçar a marca. Na dificuldade de encontrar um quadro, a sigla insiste em atrair de volta o ex-ministro Andrea Matarazzo para o desafio. Matarazzo confirmou à Coluna que falou sobre o tema com o presidente do seu atual partido, o PSD, Gilberto Kassab. “Sempre falamos sobre muitos assuntos e este é de grande importância”, disse.

MISTÉRIO. Andrea tergiversa sobre a sua decisão: “Estou permanentemente à disposição do que for melhor para a capital paulista. Para além dos postulantes escolhidos pelos partidos e composição, serei sempre a favor de uma única coisa: a cidade de São Paulo”. Kassab não comentou.

PRAZO. As sondagens começaram há três meses, mas o tema ganhou novo fôlego agora, porque o PSDB vai fazer sua convenção estadual em 18 de fevereiro. A sigla tenta eleger um diretório que apoie mais candidaturas e a apresentação de nomes é crucial.

RACHA. A senadora Eliziane Gama (PSD) abriu dissidência na sua sigla. Em vez de fazer campanha pela reeleição do correligionário Eduardo Braide à prefeitura de São Luís, declarou apoio ao deputado Duarte Júnior (PSB), que tem o aval de Flávio Dino. Apesar da ruptura, Gilberto Kassab afirma que não há qualquer crise com a parlamentar.

PASSA O ZAP. Alegando seguir uma resolução do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Ministério Público de Pernambuco passou a exigir até o número de celular dos cidadãos que desejam consultar o salário dos procuradores. A lei brasileira diz que essa informação tem de ser pública.

SINAIS. “A rapidez com que o MP de Pernambuco implementou a coleta de dados de quem ousou monitorar seus contracheques diz muito sobre as prioridades corporativistas do órgão. A transparência pública perde, o controle social perde”, afirma Juliana Sakai, diretora executiva da ONG Transparência Brasil.

ESTREIA.O MP de Pernambuco é o primeiro a implantar as novas regras do CNMP. O texto determina que as informações sobre os salários só deverão ser disponibilizadas mediante prévia identificação do interessado, mas não fala sobre número de telefone.

GUIA. A Oficina Consultoria de Reputação e Gestão de Relacionamento lançará um e-book gratuito com a pergunta “O que esperar do Congresso em ano eleitoral?”. O texto traz análise de comportamento e da agenda parlamentar nas negociações entre poderes.

IRA. A reunião da bancada evangélica com o ministro da Fazenda Fernando Haddad para discutir a suspensão de um benefício tributário a pastores irritou o deputado Marco Feliciano (PL). Ele se disse constrangido após Marcelo Crivella (Republicanos) declarar que o governo Lula não persegue as igrejas.

Pronto, falei!

"O Brasil é um paradoxo: tributa e gasta como rico, mas vive como pobre. É preciso modernizar o Estado a fim de colocá-lo a serviço do cidadão, sem amarras.” - Murilo Medeiros, analista no Instituto Millenium