Lula quer marcar grande evento com evangélicos em fevereiro
Coluna foi publicada nesta quinta-feira (04)
Estado de São Paulo
O governo tenta marcar um grande encontro com líderes evangélicos para o começo de fevereiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabe que precisa se aproximar do segmento, que representa cerca de 30% dos eleitores e ainda resiste a seu terceiro mandato. Na Conferência Eleitoral do PT, em 08 de dezembro, Lula mostrou preocupação com esse afastamento.
“Como é que a gente vai chegar aos evangélicos?”, perguntou. “Nós temos que aprender a conversar com essa gente, que é trabalhadora e de bem.” O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, é um dos que têm procurado ajudar na tarefa. “Acho que devemos apostar na estratégia do diálogo, com a qual se constrói confiança, para entender quais são as preocupações”, disse Messias à Coluna.
AVALIAÇÃO. O ministro é frequentador da Igreja Batista. “Sou desde pequeno, quando não era moda ser evangélico. Minha mãe me levava aos cultos”, contou. Para ele, muitas das apreensões dos líderes religiosos, voltadas à família, são legítimas.
CONTRAPONTO. Pesquisas mostram que a maioria dos evangélicos ainda apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Lula fala em se aproximar do segmento, mas vetou destaque na LDO que evitava gasto do dinheiro público com políticas a favor do aborto e da ideologia de gênero”, criticou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), da bancada evangélica.
CERCO. A oposição colherá assinaturas para abrir uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso. Desta vez, para apurar a atuação da agência Mynd8 e as suspeitas de que ajudou Lula na campanha eleitoral de 2022, sem contrato.
ELEIÇÕES. O PT aumentou a pressão para ter a vice de João Campos (PSB) no Recife após pesquisa AtlasIntel revelar que ele é o prefeito mais bem avaliado do País. Com 88% de aprovação, Campos é candidato natural a governador de Pernambuco, em 2026, e a aliança neste ano deixaria a capital de herança para o PT. São cotados para a vice Mozart Sales, assessor do ministro Alexandre Padilha, e o deputado Carlos Veras.
TESE. O jogo casado seria o jeito de o PSB retomar o controle de Pernambuco de forma equilibrada com o PT: um fica com o governo; outro, com a prefeitura.
RÉPLICA. Há dúvidas, porém, se Campos entregaria Recife a outro partido. Ainda assim, o PT diz que “dá samba”: nesse caso, o prefeito terminaria o eventual 2º mandato e apoiaria um petista para enfrentar a governadora Raquel Lyra em 2026, possivelmente o senador Humberto Costa.
AQUI NÃO. O decreto de execução orçamentária da Prefeitura de São Paulo deve ser publicado até o dia 15 e a expectativa é sobre quais cortes serão feitos neste ano eleitoral. Candidato à reeleição, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pediu que o bloqueio não atinja os principais programas sociais de sua gestão. A ordem na Prefeitura é tornar Nunes mais conhecido até a disputa.
ELENCO. “Vamos ter R$ 14 bilhões de investimentos em obras neste ano e, seguramente, isso não será contingenciado”, disse à Coluna o secretário municipal de Governo, Edson Aparecido.
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"Passou da hora de decretar emergência climática no Distrito Federal e criar um plano local de combate ao desmatamento ilegal do cerrado e à grilagem” - Leandro Grass, presidente do Iphan
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