Coordenador do grupo de trabalho eleitoral do PT, senador Humberto Costa admite que a sigla terá dificuldade para definir candidaturas municipais na região norte para as eleições de 2024 |  Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O PT enfrenta dificuldades para definir as candidaturas que disputarão as eleições municipais nas capitais, o que ameaça o objetivo da própria sigla de definir os nomes até o fim deste mês, antes da Conferência Eleitoral marcada para 8 e 9 de dezembro. Na segunda-feira (06), o grupo de trabalho eleitoral fez uma “varredura” do cenário político de cada capital, mas a formalização cabe aos Diretórios Municipais. Ainda assim, houve uma série de “encaminhamentos”, como a tendência de o PT de fato negociar as vices de Eduardo Paes (PSD), no Rio, e João Campos (PSB), no Recife, que tentarão a reeleição.

De acordo com o coordenador do grupo, senador Humberto Costa, o PT tem um cenário “interessante” para 2024, à exceção da Região Norte, “onde a situação é muito difícil”.

ENSAIO GERAL. O presidente Lula acompanha de perto as negociações, já que no PT as eleições municipais são tratadas como uma antessala para a corrida presidencial. “Nossa tática eleitoral é eleger quem estará conosco em 2026”, afirmou à Coluna o secretário de comunicação do PT, deputado Jilmar Tatto. “Essa eleição orienta como a sociedade vê o governo Lula”, diz Costa.

PRESSA. Tatto reforça que o partido não quer fazer prévias para a definição de candidatos, como desejado por setores do PT em Porto Alegre. Por lá, a tendência é que a deputada federal Maria do Rosário tente a prefeitura.

CALMA LÁ. Apesar do interesse do PT, Eduardo Paes já sinalizou que preferiria alguém mais ao centro para a chapa, até do seu PSD. Mas pode ficar sem alternativa em um cenário polarizado. O bolsonarismo caminha para lançar a candidatura de Alexandre Ramagem (PL).

TENSÃO... Principal assessor do ex-presidente Bolsonaro, Fabio Wajngarten destruiu pontes com Tarcísio de Freitas ao questionar a efetividade de se privatizar a Sabesp, avalia o entorno do governador. Tarcísio quer vender a empresa antes das eleições municipais, o pano de fundo da crise entre os antigos aliados.

...NO AR. Com a fala, Wajngarten dificultou ainda mais eventual apoio de Tarcísio a seu nome para a vice do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). “Nunca quis e nunca tive nada do governo dele. Em nenhum momento eu o ataco”, responde o advogado

IDEIA. Em meio ao apagão em São Paulo, o líder do Novo na Assembleia Legislativa no Estado, Leonardo Siqueira, apresentou um projeto de lei para obrigar as concessionárias de luz e água a conceder descontos automáticos aos consumidores em caso de interrupção de serviços.

PATRULHA... Deputados bolsonaristas tentam arrastar o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para a crise vivida entre o agronegócio e o ministro da Educação, Camilo Santana. O vice-líder da oposição Evair de Melo (PP-ES) quer convocar Fávaro para prestar depoimentos em comissões na Câmara, e confrontá-lo sobre as questões do Enem que foram críticas ao setor.

...IDEOLÓGICA. Para o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Tião Medeiros (PP-PR), o Enem comete um “desserviço” ao trazer questionamentos “enviesados” ao agronegócio.

Pronto, falei!

"Espero que o debate da privatização perca força com o caso da Enel. As empresas que assumem as concessões no Brasil não prestam um bom serviço” - Wadih Damous, secretário Nacional do Consumidor