Lula nunca ligou para apoiador que quase levou tiro de Zambelli
Coluna foi publicada no domingo (29)
Estado de São Paulo
Um ano depois de virar protagonista de um episódio que na avaliação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) definiu o resultado da eleição presidencial de 2022, o jornalista Luan Araújo avalia que o momento foi provocado pelo afloramento do debate político no País, diz que mudou sua forma de pensar e que hoje relevaria as provocações.
Em 29 de outubro do ano passado, ele foi perseguido pela deputada Carla Zambelli (PL) com arma em punho, e por seus seguranças. De repente, ouviu um tiro. “Pensei que minha vida ia acabar ali”. Ao longo do ano, Luan evitou conceder entrevistas, mas aceitou conversar com a coluna. Ele diz que nunca recebeu um telefonema de Lula ou do PT, mas não ficou decepcionado. “Se vierem, que bom, se não vier, também”.
MENSAGEM. “Se pudesse encontrar o presidente Lula, eu agradeceria, primeiramente, por ter me proporcionado ter um diploma, poder fazer uma faculdade.”
AVALIAÇÃO. “Acho que é um governo de biografia, para começar uma reconstrução e que já está conseguindo alguma normalidade institucional”.
CARA A CARA. Se encontrasse Carla Zambelli, o jornalista não tem dúvidas: “Não falaria nada, passaria reto. Não vale a pena”. A respeito dos processos e futuro da parlamentar: “Eu acho que politicamente está muito difícil pra ela. Mas eu espero que a justiça seja feita, do meu lado e de todos os lados”.
CERTEZA. “Se a cena (da perseguição de Zambelli) não tivesse sido filmada, possivelmente eu estaria preso ou morto”, diz considerando que muitos não acreditariam na sua versão.
SEM IMPEDIMENTO. O escândalo de espionagem ilegal na Abin fortaleceu numa ala do PL a defesa pela candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem (PL) à prefeitura do Rio. Há quem aposte que o episódio vai impulsionar seu nome, propagando a tese de que haveria perseguição ao bolsonarismo. Além disso, ele é delegado federal e segurança pública será o principal tema da eleição.
FRUTOS. Cinco dos 8 parlamentares federais do gabinete compartilhado estão com pré-candidaturas em cena para as eleições 2024. A maioria é de 1.º mandato: Camila Jara (PT-MS), Duarte Jr. (PSB-MA), Duda Salabert (PDT-MG), Amom Mandel (Cidadania-AM). A única veterana do grupo é Tabata Amaral (PSB-SP).
DESAFIO. Para ficar mais conhecido, o grupo iniciou encontros com a imprensa nacional, no eixo Brasília-São Paulo-Rio, onde estão os maiores veículos de mídia do País.
CAMPANHA. Este domingo (29) é Dia Mundial do AVC. A doença é a segunda principal causa de morte no mundo. Dados publicados na revista científica The Lancet Neurology apontam que a incidência global da doença pode aumentar 50% até 2050, alcançando 9,7 milhões de óbitos por ano no mundo.
ALERTA. “Mais de 40% das mortes por AVC poderiam ser evitadas com prevenção dos fatores de risco, a exemplo de obesidade e pressão alta”, ressaltou à coluna o cardiologista Roberto Kalil Filho, presidente do Conselho do InCor e diretor de cardiologia do Hospital sírio-libanês.
Pronto, falei!
"A reforma tributária é positiva para o País. Mas a indústria não pode pagar a meia-entrada de privilégios injustificáveis (sobre quantidade de exceções)” - Igor Rocha, economista-chefe da Fiesp
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