Tarcísio não quer surpresas em proposta para vender a Sabesp
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (18)
Estado de São Paulo
O projeto de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) mostrou o estilo de governar de Tarcísio de Freitas. Antes de encaminhar o texto à Assembleia Legislativa, o governador se reuniu pessoalmente com prefeitos de 320 dos 375 municípios atendidos pela empresa. Ele também apresentou o texto a 60 deputados estaduais em reunião no Palácio dos Bandeirantes, ontem, antes de enviar o projeto em regime de urgência.
A articulação prévia foi para afinar o discurso com a base e desconstruir os argumentos da oposição. Com a técnica, Tarcísio busca evitar surpresas na hora da votação, na linha de que, quando entra em campo, o jogo já está combinado.
SEM CHANCE. O governador afirma a interlocutores que, se o projeto for aprovado, será na base do convencimento. “Não haverá troca de cargos”, diz taxativo, descartando novas mudanças no seu secretariado.
TEMÁTICO. Numa conversa que tiveram na segunda-feira, Tarcísio de Freitas e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), definiram que o vice na disputa à reeleição, no ano que vem, será alguém que agregue à campanha. Também ressaltaram que o principal tema será segurança pública. Diante disso, o secretário estadual de Segurança, Guilherme Derrite, sugeriu para a chapa o delegado da Polícia Civil Osvaldo Nico. Agora é preciso convencer o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro a apostar na dupla.
SEM INTROMISSÃO. Em outra conversa sobre o vice, Bolsonaro disse que não vai interferir na escolha. Fez a promessa quando Nunes o visitou no hospital.
COOPERATIVA. A Fiesp lançou o Induscoop em parceria com a cooperativa Sicoob, para oferecer financiamentos com condições mais competitivas. Em poucos dias, 140 empresas foram atendidas, com crédito de R$ 4,4 milhões. Uma das linhas que estão liberadas é de capital de giro, para quem quer antecipar recursos para o pagamento do 13º aos funcionários.
GESTOS. Mesmo sabendo que havia pouca chance de dar certo, o presidente em exercício da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), comprou a briga do governo Lula e tentou votar, ontem, a taxação de fundos offshore. Mas nem a base aliada se uniu.
MOVIMENTOS. Deputados da base e da oposição viram na atitude de Marcos Pereira um aceno ao Planalto, que quer foco na pauta econômica, e a tentativa de se expor aos pares como alguém que pode mediar os interesses entre os dois polos.
DISTRIBUIÇÃO. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) vai iniciar um périplo, na semana que vem, para entregar seu relatório da CPMI do 8 de Janeiro a diversas autoridades. Além da Procuradoria-Geral da República, já estão no roteiro paradas no Ministério Público Militar e no Supremo Tribunal Federal.
A Coluna informou em primeira mão, ontem, os detalhes do parecer que, entre outros pontos, sugere indiciamento de Jair Bolsonaro e de oito generais do Exército. Nunca antes uma CPI havia sugerido punição a tantos militares de alta patente. Na CPI da Covid, por exemplo, somente dois generais estavam na lista final.
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