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TRIBUNA LIVRE

Tratamento do HIV avança, mas é preciso falar mais sobre o tema

Coluna foi publicada nesta sexta-feira (13)

Ana Carolina D'ettorres | 13/10/2023, 11:54 h | Atualizado em 13/10/2023, 11:55
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          Imagem ilustrativa da imagem Tratamento do HIV avança, mas é preciso falar mais sobre o tema
Ana Carolina D'ettorres é infectologista e mestre em Medicina |  Foto: Divulgação/Debora Benaim

Neste ano, um anúncio feito por cientistas alemães deu publicidade ao quinto caso registrado no mundo de um paciente curado do HIV. Para boa parte da população uma notícia como essa ainda surpreende, mas, felizmente, o tratamento para as pessoas que vivem com o HIV está bastante avançado.

Para quem ainda não sabe, pacientes em tratamento regular, que alcançam uma carga viral indetectável, deixam de transmitir o vírus. Sim, uma pessoa que vive com HIV e faz o tratamento continuamente tem uma vida semelhante à população que não vive com HIV.

A boa notícia mais recente é a chegada do Dovato ao Sistema Único de Saúde (SUS), um medicamento que reúne dois comprimidos, o dolutegravir e a lamivudina, em um só. Em alguns estados do País o fármaco já está disponível, mas no Espírito Santo ainda não. A previsão é de que seja disponibilizado até o final do ano.

Com esse avanço, a pessoa só precisará tomar uma pílula por dia, deixando para trás o esquema de tratamento com muitos comprimidos, o que, consequentemente, aumenta a adesão ao tratamento.

Claro, mesmo com toda essa evolução, o esquema terapêutico proposto para as pessoas que vivem com o HIV deve ser contínuo, e é essencial continuar utilizando métodos de prevenção durante as relações sexuais. Essas medidas valem para se proteger também contra outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) como sífilis, gonorreia e clamídia, por exemplo.

Apesar de a ciência vir proporcionando soluções cada vez mais eficazes para pessoas que contraíram o HIV, ou ainda qualquer outra IST, falta informação de qualidade e sobra preconceito. No consultório, é grande o número de pacientes que nunca conversou abertamente com um médico sobre saúde sexual ou ISTs.

A maioria dos portadores de ISTs não apresenta sintomas e pode transmitir as infecções sem saber que está contaminado. A regra é simples: se tem a vida sexual ativa, é indicado fazer testes a cada quatro meses. Para quebrar a cadeia de transmissão é necessário tratar os infectados e imunizar a população.

Vacinas podem garantir a liberdade sexual do indivíduo de forma mais segura. Entre as tantas disponíveis atualmente, existem imunizantes contra HPV (Papilomavírus Humano), hepatites virais e meningites. Não se deve, entretanto, deixar que toda a responsabilidade pela quebra da cadeia de transmissão fique por conta somente das pessoas que vivem com HIV.

Prevenir é se preparar para um cenário antes que ele aconteça. Não conversar sobre o assunto não isenta pessoas que têm uma vida sexual ativa de se infectarem. Informação, diálogo e prevenção caminham juntos. São inúmeras as possibilidades preventivas e, certamente, existe uma adequada a sua realidade, seja ela qual for.

Precisamos ter conversas francas e regulares com os profissionais de saúde sobre a vida sexual. Não existe certo ou errado quando o assunto é sexo. Existe aquilo que funciona e o que não funciona para a prática sexual de cada um.

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