Clínicas fazem mais cirurgias no ES para eliminar o uso de óculos

Com a opção de tratamento a laser após 2016, as clínicas oftalmológicas que operam no Espírito Santo abriram o olho para um filão além da terceira idade. Nos últimos tempos, outras pessoas, principalmente entre 40 e 60 anos, procuram tratamento para correções, como miopia e astigmatismo. Querem se “livrar” dos óculos e engrossam a estatística das cirurgias refrativas feitas com moderna tecnologia e maior segurança. Já as operações de catarata, com lentes que dispensam óculos, cresceram 30% no 1º semestre deste ano, calculam profissionais da área. Um dos entraves para não haver volume maior é o chamado “cisco” financeiro: lentes multifocais variam de R$ 7 mil a R$ 11 mil. Há opção das lentes do SUS, mais simples: mas conforme o caso pode precisar de óculos.

Outros olhos

Dados do SUS mostram que, no País, cirurgias de catarata são as mais procuradas e cresceram 99% entre 2009 e 2019. No Espírito Santo, saltaram de 8.166, em 2009, para 15.465 em 2019, mais 89%. Houve retração entre 2020 e 2022, devido à pandemia. Agora dados da Secretaria da Saúde mostram: em 2022 foram 35.803 operações, e no 1º semestre deste ano 19.245.  

A propósito

Anda por aí a “nova” geração de meia-idade e idosos muitos deles “livres” dos óculos, “rejuvenescidos” pela medicina, novos hábitos, de volta às academias e esportes leves. Assim, políticas públicas precisam rever ícones, como o idoso retratado curvo, de bengala e óculos.

Mexa-se

De cada dez brasileiros, seis têm sobrepeso e 47% deles são sedentários, apontam dados do IBGE. Entre os obesos, muitos jovens. Dado relevante: não há uma grande diferença na alimentação entre pessoas magras e obesas. O que faz toda diferença é a atividade física.

REITOR REJEITA EMANCIPAR CEUNES – O reitor da Ufes, Paulo Vargas, reage à proposta de grupo político de São Mateus que manobra para emancipar o campus da universidade no município, Ceunes, e criar a Ufenes. “É dividir e enfraquecer a Ufes, precisamos sim de contratar mais professores, técnicos e melhorar a assistência estudantil”, aponta o reitor. 

Já o pedido para implantar lá o curso de Medicina tem aval da reitoria e voltou a evoluir no MEC.

Receita estadual

No primeiro semestre deste ano, a receita estadual total alcançou R$ 9,9 bilhões, variando pouco em relação a igual período de 2022. Na variação real, houve decréscimo de 4,39%, já esperado devido redução das alíquotas de ICMS dos combustíveis, telecomunicações e energia ocorridas em julho do ano passado, já no clima da corrida presidencial.

Saneamento básico

O secretário de Meio Ambiente da Serra, Cláudio Denicoli, reclamou na Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de proposta que teria sido encaminhada pela Cesan ao Ministério Público pedindo autorização para jogar esgoto tratado no mar: “Se houver isso, adeus turismo em Manguinhos, Carapebus e outras praias”. A Cesan ficou de avaliar o caso. 

Idade e picles

O cronista Leo Aversa lavou a alma do bloco acima dos 60 anos. “São pessoas tratadas como idosos e aposentados. Elas perdem identidade, viram adjetivo”, escreveu. Carla Brotas, nas redes, reagiu com humor: “Nos tornamos picles. Dizem: ‘Nossa como você está conservada”’.

Curta

HOTELARIA. Presidente da ABIH-ES, Nerleo Caus está empenhado na criação da primeira Frente Parlamentar Mista da Hotelaria, no Congresso Nacional, para representar a categoria.

CULTIVO PROTEGIDO. Há hoje em Venda Nova do Imigrante 300 hectares de cultivo em estufas de plástico. Equivalem a 300 campos de futebol e alcançam produtividade em dobro.

PAPEL. Do ex-governador Paulo Hartung em artigo que propõe nova matriz para embalagens: “Humanidade gera 2,1 bi de toneladas de resíduos sólidos ao ano, só 16% são reciclados”.

50 ANOS. Para comemorar os 50 anos do álbum Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua, de Sérgio Sampaio, o guitarrista Renato Piau comanda show na sala Baden Powell (RJ), na próxima sexta.

DEEP FAKE. Atento leitor observa: “O uso de inteligência artificial na propaganda de carro com a falecida Elis Regina atrai mais do que a queda na procura por vacinas que salvam vidas”.

FILOSOFIA NA PANDEMIA. “O perigo mora ao lado: há previsão de surto de dengue no Rio de Janeiro neste inverno”. Entreouvido na fila da senha em clínica de saúde.