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DOUTOR JOÃO RESPONDE

Afinal, vacina faz ou não mal à saúde?

Um dos principais efeitos colaterais referentes à vacinação é exatamente não vacinar

João Evangelista Teixeira Lima | 20/06/2023, 13:04 h | Atualizado em 20/06/2023, 13:05
Doutor João Responde

Dr. João Evangelista



          Imagem ilustrativa da imagem Afinal, vacina faz ou não mal à saúde?
Doutor João Evangelista, médico e colunista de A Tribuna |  Foto: Arquivo/AT

“Medicina é a arte das verdades temporárias”. A dúvida nutre o eterno caminhar dessa heroica ciência. Afinal, levar o certo longe demais pode cristalizar o erro. Espremida ao máximo, a laranja produz um suco amargo. Seja desprezível ou significativo, não existe medicamento sem algum efeito colateral. “Todo remédio é veneno, e todo veneno é remédio”.

Vacinas são ferramentas eficazes para a defesa do organismo contra agentes infecciosos, permitindo salvar vidas e eliminar patologias que já causaram muitas vítimas no passado, como a varíola e a poliomielite. Apesar disso, elas envolvem muitas dúvidas e mitos.

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A segurança das vacinas sempre foi considerada preocupação mundial. Vacinação segura é fator determinante para o sucesso no combate de inúmeras enfermidades.

Eventos imediatos comuns às vacinas, como dor, vermelhidão, inchaço local, febre, mal-estar, cefaleia e mialgia, podem ocorrer.

Trombose e queda de plaquetas foram associadas aos imunizantes AstraZeneca e Janssen, vacinas ditas de vetores virais, ou seja, utilizam vírus geneticamente modificados, que agem como vetores. Trata-se de uma síndrome com eventos tromboembólicos no cérebro e na veia porta. A formação de coágulos sanguíneos seria desencadeada por uma resposta imune contra o fator plaquetário. É um evento extremamente raro, embora grave.

Quadros de miocardite e pericardite foram relatados após o uso das vacinas Pfizer e Moderna, imunizantes genéticos, ou seja, utilizando o material genético que codifica a produção de proteína do vírus. Os sintomas incluem dor no peito, falta de ar e palpitação. Os eventos são moderados, evoluindo bem, sem ocorrência de óbitos.

Alguns raros casos de Síndrome de Guillain-Barré foram descritos após a vacinação contra covid-19. Tal doença é caracterizada por um distúrbio neurológico autoimune raro, no qual o sistema imunológico danifica as células nervosas. A maioria dos pacientes se recupera completamente, lembrando que os benefícios superam os riscos adversos.

Um dos principais efeitos colaterais referentes à vacinação é exatamente não vacinar. Apesar dos incontestáveis benefícios da imunização, a hesitação em ser vacinado é uma tendência crescente, que tem sido associada ao ressurgimento de algumas doenças já domesticadas.

A imunidade está relacionada com o reconhecimento de moléculas estranhas que penetram no organismo. Em algumas circunstâncias, ocorrem alterações no próprio indivíduo, como o câncer, por exemplo, das quais também o sistema imune deve defender-se para preservar a integridade da pessoa. Em último termo, é função da vacina jamais deixá-lo se esquecer de exercer seu vital trabalho, mantendo distante os invasores estranhos e destruindo inimigos internos.

A calcificada ignorância tem mais certezas e convicções do que o maleável conhecimento. São os cérebros que sabem pouco, e não aqueles que sabem muito, que afirmam, de forma categórica, ser a ciência uma erva daninha.

João Evangelista Teixeira Lima é clínico geral e gastroenterologista

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