X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Adolescentes verificam perfis na internet mais de 15 vezes por dia, diz estudo

Estudo mostra que essa atitude dos jovens pode desencadear uma compulsão


O hábito de passar muitas horas conectados ou checando constantemente  postagens nas redes sociais já  impacta a vida de adolescentes. Novo estudo relata que o comportamento  está ligado a mudanças no cérebro dos mais jovens. 

Imagem ilustrativa da imagem Adolescentes verificam perfis na internet mais de 15 vezes por dia, diz estudo
A empresária Patrícia Krüger Volkers, 36, o marido Henrique Bremenkamp Volkers e a filha Maria Clara Krüger Volkers, 12 |  Foto: Douglas Schneider/AT

A pesquisa, de cientistas da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos,  acompanhou 169 adolescentes de uma escola pública durante três anos.

Leia mais

ES vai ter 100 escolas de tempo integral nos bairros

Laqueadura e vasectomia autorizadas aos 21 anos

Ufes prorroga prazo de matrícula para estudantes

No começo, os participantes contaram com que frequência checavam três  redes sociais: Facebook, Instagram e Snapchat. As respostas variaram de menos de uma vez até mais de 20 vezes por dia. Eles foram submetidos a sessões anuais de análise das imagens cerebrais.

Ao final,  segundo os autores, o cérebro de adolescentes que verificavam as páginas mais de 15 vezes por dia tornou-se mais sensível ao feedback social, ao antecipar recompensas e punições sociais. 

Eles destacam que as plataformas fornecem um fluxo contínuo  de publicações, comentários, curtidas e notificações. Isso  cria mecanismos de recompensa, fazendo com que o adolescente seja condicionado a verificar as mídias repetidamente, num comportamento que pode  evoluir para compulsão.

Segundo a  neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein Polyana Piza, essa exposição repetida aos estímulos das redes sociais pode alterar o desenvolvimento cerebral dos adolescentes à medida  que a exposição às críticas, aos elogios e à maneira como as pessoas o veem gera  reações que interferem no  seu comportamento. 

O segundo secretário da Sociedade Brasileira de Pediatra, Rodrigo Aboudib, ressaltou que diversas pesquisas têm apontado efeitos do excesso do uso de telas, desde a infância. “O uso em excesso das telas também está ligado a dificuldades com  sono,  obesidade,  queda no rendimento escolar e outros problemas”.

A neuropediatra Larissa Freire Krohling observou que as telas e redes sociais podem ser usadas, mas é preciso ter limites de tempo e do conteúdo.  “Pelo tempo dedicado às ferramentas digitais, as crianças têm reduzido   interações familiares e  o tempo dedicado a outras atividades, como música, arte, leitura. Isso gera uma  espécie de subestimulação intelectual”.


Internet  com acompanhamento

Aos 12 anos, a estudante   Maria Clara Krüger Volkers já tem acesso ao celular e contas em redes sociais, mas tudo com o acompanhamento atento dos pais, a empresária  Patrícia Krüger Volkers, de 36 anos, e do  técnico em Mecânica Industrial  Henrique Bremenkamp Volkers, 37.

Segundo Patrícia, o perfil da filha está também logado no seu próprio celular, onde a mãe pode acessar. “Demos o celular, mas explicamos que o aparelho seria monitorado, pois ela é muito nova”.

Além disso, ela também procura limitar horários, que não deve ultrapassar  às  20 horas. “As redes sociais e o celular prendem muito a atenção, por isso  até nós, adultos, temos de evitar exageros”.


Pesquisa

Um estudo feito  por cientistas da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, acompanhou por três anos 169 adolescentes de uma escola pública americana.

No início, eles  revelavam a frequência em que checavam as redes sociais (Facebook, Instagram e Snapchat). As respostas variaram de menos de uma vez até mais de 20 vezes por dia.

Durante os anos,  eles foram submetidos a sessões anuais de análise das imagens cerebrais.


Algumas conclusões

1Mais Sensíveis: Segundo os autores, o cérebro dos adolescentes que verificavam as redes mais de 15 vezes por dia tornou-se mais sensível ao feedback social, ao antecipar recompensas e punições sociais ao longo do tempo.

 2Compulsão: Outro resultado é que  a interação com esse fluxo constante de postagens e mensagens  cria mecanismos de recompensa, fazendo com que o adolescente seja condicionado a voltar e verificar as mídias sociais repetidamente, num comportamento que pode se tornar ruim e evoluir para uma compulsão.

3 frequência maior: De acordo com os autores, estudos anteriores demonstraram que 78% dos jovens de 13 a 17 anos relataram verificar seus dispositivos móveis pelo menos a cada hora; 35% afirmaram usar pelo menos uma das cinco principais ferramentas de mídia social quase constantemente. O estudo atual mostrou que os jovens que crescem verificando as mídias sociais com mais frequência estão se tornando hipersensíveis ao feedback dos seus colegas.

Fonte: Especialistas consultados, agência Einstein e pesquisa A Tribuna.


Dicas e cuidados

Segundo médicos, os pais devem ficar atentos e limitar o uso de telas pelas crianças e adolescentes.

Entre as dicas, eles afirmam que as telas devem ficar desligadas durante as refeições, já que a criança e o adolescente deixam de ter atenção na questão da saciedade. Isso contribui para o aumento da obesidade. 

A exposição a telas em excesso, principalmente à noite, também influencia na qualidade do sono. Se a criança não dorme bem, ela tem seu rendimento escolar no dia seguinte prejudicado. As noites maldormidas ainda podem alterar o  crescimento da criança. 

Uma dica dos médicos é não permitir o uso das telas nos quartos ou não permitir que o carregador fique próximo à cama. Os pais também podem ser os responsáveis pelo carregador do telefone. 

Especialistas reforçam que, até os 2 anos, as crianças não devem ser submetidas a telas.  Depois dessa idade, ela também deve ser limitada.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: