Respostas para as dúvidas dos pais na volta às aulas
Artigo da coluna Tribuna Livre, do Jornal A Tribuna
Leitores do Jornal A Tribuna
Como educador, todo início de ano letivo escuto dos pais perguntas recorrentes em relação à escolaridade das crianças e adolescentes. Essas questões orbitam em torno de uma dúvida central: como podemos ajudar nossos filhos na escola? Tarefas de casa costumam estar no topo das inquietações. Devo ou não ajudar meu filho? E de que forma?
Pesquisas realizadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estabelecem uma relação direta entre o envolvimento dos pais na educação dos filhos com o desenvolvimento socioemocional da criança, sucesso acadêmico e adaptação à sociedade.
Portanto, todas as famílias devem demonstrar interesse em relação ao que os filhos estão aprendendo na escola e criar condições para que os estudos continuem para além do ambiente acadêmico.
Diálogos, escolha de livros ou filmes e séries sobre temas que estão sendo estudados são alguns exemplos. Isso não significa, no entanto, que os pais precisam ou devam estar fisicamente lado a lado do filho, fazendo tarefas de casa.
E os fatores externos à sala de aula? De que forma podem interferir no desempenho dos alunos? O Centro para Controle e Prevenção de Doenças nos Estados Unidos estabelece que adolescentes entre 13 e 18 anos devem dormir em média entre 8 a 10 horas por dia para que possam desfrutar de uma boa condição de saúde e ter bom desempenho escolar.
Então, pais que são modelos de bons hábitos de saúde, bem como propiciadores de ambientes saudáveis para o sono, já estão dando uma excelente contribuição. Isso traduz-se, por exemplo, em horário para dormir, com alimentação leve até três horas antes de ir para a cama e redução de luminosidade (o que inclui telas).
“Meu filho tirou nota baixa. E agora?”. Antes devemos nos fazer outra pergunta: para que serve uma avaliação? Provas e demais instrumentos avaliativos não são o fim do processo, mas o meio do caminho. Auxiliam no feedback aos alunos e nas estratégias a serem desenvolvidas por professores, alunos e famílias.
Desta forma, as expectativas de aprendizagem de um determinado ciclo podem ser alcançadas. Importante lembrar que as pessoas possuem estilos e desempenhos diferentes.
Para nos auxiliar com parâmetros, a Pedagogia e a Psicologia constantemente revisam as competências e habilidades que espera-se que sejam demonstradas por cada faixa etária. Havendo desempenho abaixo do esperado, é recomendado que família e escola dialoguem sobre o melhor plano de ação para lidar com essa situação.
Em síntese, apesar de não haver receitas para lidar com as diversas questões relacionadas à participação dos pais na vida acadêmica de seus filhos, monitoramento e colaboração entre escola e família são fundamentais para o bom desempenho do aluno. Sempre lembrando que o aluno é o agente central no processo de ensino-aprendizagem, que ocorre dentro e fora da sala de aula.
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