Esperança é fundamental em qualquer fase da vida
Artigo publicado na coluna Tribuna Livre, do Jornal A Tribuna
Leitores do Jornal A Tribuna
O início de um novo ano é um período que está intimamente ligado ao sentimento de esperança. Após o encerramento de um ciclo, para muitos repleto de desafios, a expectativa de novas possibilidades aflora na maioria das pessoas.
Aquele tempo que vivemos entre o fim de um ano e o começo de outro é uma pausa necessária que recarrega as energias e renova a confiança em dias melhores, que irão possibilitar a realização de projetos, a superação dos problemas que ainda não foram resolvidos, e assim vai.
A esperança é bastante salutar, afinal, ela corresponde à aspiração de felicidade que existe no coração de cada pessoa, independente da idade, da condição social e até mesmo do seu estado de saúde.
Não é raro, contudo, ouvir frases do tipo “estou velho demais”, “não tenho mais sonhos a realizar”, “esperança é um privilégio dos mais jovens”. E, mesmo quando não são faladas, são vivenciadas por muitos como verdade.
Chamo a atenção para a questão da idade porque, infelizmente, é comum pensar que o avançar dos anos tira nosso direito de sonhar e querer continuar vivendo plenamente.
Quando se chega a esse nível mental, faz-se urgente a necessidade de rever conceitos, e ninguém é tão sábio a ponto de não precisar reavaliar seus pensamentos. É preciso ponderar com muito cuidado quais conceitos estamos deixando entrar em nós, e eles podem ser muito tóxicos.
Não quero pedir a ninguém para ignorar os efeitos e as limitações trazidos pelo envelhecimento. Afinal, eles são reais e precisam ser respeitados e enfrentados com cuidados, adaptações e as mudanças necessárias.
Entretanto, a idade avançada não é sentença de uma vida sem fé no presente e no futuro. Em qualquer idade, é preciso investir na vida, independente das limitações que ela nos impõe.
Felizmente, os avanços da ciência, da medicina e da tecnologia permitiram, ao longo dos últimos anos, aumento na expectativa de vida das pessoas. E isso nos permite comemorarmos mais aniversários, natais, viradas de ano e tantos outros momentos festivos com nossos avós e até bisavós. E vivenciar essa dádiva já é um grande motivo para não desanimar, reiterando as palavras de São Paulo “A esperança não decepciona” (Romanos 5,5).
E não me refiro a ilusões sem fundamento, mas sim a consciência firme de que as adversidades podem até entristecer, mas não dão a última palavra. Ou seja, ser esperançoso não é estar livre de problemas, mas é não permitir que eles tirem o sentido da nossa caminhada, e não importa por qual estação da vida eu esteja passando.
Não podemos prever o futuro e tampouco sabemos por quanto tempo iremos viver, mas o início de um novo ano é um bom motivo que nos inspira a desconstruir conceitos de negatividade e enxergar tantas possibilidades que a vida pode nos proporcionar.
A esperança é um sentimento fundamental na jornada de qualquer pessoa que pretende continuar vivendo com plenitude.
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