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TRIBUNA LIVRE

O lúpus e o desafio da sua imprevisibilidade

Artigo publicado na coluna Tribuna Livre, do Jornal A Tribuna

Andressa Silva Abreu | 19/01/2023, 15:53 h | Atualizado em 19/01/2023, 15:55
Tribuna Livre

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No próximo mês tem início a campanha Fevereiro Roxo, que conscientiza sobre lúpus, fibromialgia e Alzheimer, doenças ainda incuráveis e que têm como essencial o diagnóstico precoce para manter a qualidade de vida dos pacientes, através do tratamento adequado. 

Vou me ater aqui ao lúpus eritematoso sistêmico (LES) pelo desafio da sua imprevisibilidade.

Doença autoimune, o LES pode acometer praticamente qualquer parte do organismo, como articulações, pele, rins, coração, pulmões, vasos e sistema nervoso. Infelizmente, não há como saber se essa enfermidade vai se manifestar um dia e em qual parte do corpo. 

Esses acometimentos podem surgir isoladamente ou em conjunto e podem ocorrer ao mesmo tempo ou de forma sequencial. Os testes de triagem podem ser mascarados por algumas situações, como uso de determinados medicamentos ou inflamações no organismo. Daí a imprevisibilidade.

Como o próprio nome já direciona, o lúpus eritematoso sistêmico causa manchas avermelhadas (eritema) e compromete órgãos variados (sistêmico). A doença atinge o sistema imunológico e o leva a produzir anticorpos. O quadro mais comum é em mulheres, na faixa de 20 a 40 anos.

Existem critérios classificatórios bem estabelecidos que são aplicados mundialmente e que auxiliam no diagnóstico. Porém, como os sinais e sintomas podem aparecer em momentos variados da vida e podem variar muito de paciente para paciente, o diagnóstico de LES não é tão simples. 


          Imagem ilustrativa da imagem O lúpus e o desafio da sua imprevisibilidade
Andressa Silva Abreu é reumatologista |  Foto: Divulgação

Ainda não há exame ou teste específico para diagnosticar o lúpus, mas isso pode ser feito com segurança a partir de exames de sangue, urina e dos sintomas apresentados ao médico.

Os resultados de exames laboratoriais de um paciente com lúpus podem apresentar queda no número de leucócitos e plaquetas; anemia; alterações na urina, como perda de proteínas; e alteração na função renal.

O teste do Fator Antinúcleo (FAN) é importante para a triagem de enfermidades autoimunes. Porém, outras condições clínicas podem alterar esse exame. É importante ressaltar que o FAN é positivo entre 10% a 15% da população saudável e também pode dar positivo nos casos de doenças inflamatórias, neoplasias, no uso de alguns medicamentos e na vigência de infecções. Quando presente em títulos elevados, em uma pessoa com sinais e sintomas característicos de LES, o diagnóstico deve ser considerado.

Quando bem diagnosticado, o tratamento adequado da doença, feito com medicamentos corticoides e imunossupressores, controla a inflamação. O tratamento depende do tipo de manifestação apresentada pelo paciente e deve, portanto, ser individualizado. Dessa forma, a pessoa com LES pode necessitar de um, dois ou mais medicamentos em uma fase, e poucos ou nenhum medicamento em outras fases.

Alguns hábitos também são importantes, como proteção solar e evitar o tabagismo, realização de atividade física, alimentação saudável, bem como cuidar da saúde mental. Ou seja, o tratamento deve ser completo, assim como a atenção ao paciente. Com acompanhamento e tratamento corretos é possível levar uma vida normal.

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