Torres de energia são alvos de novo ataque de vândalos no interior de SP
Governo instaurou um gabinete de crise para monitorar a segurança de instalações do setor elétrico
Escute essa reportagem
Uma nova ocorrência de vandalismo foi confirmada em linhas de transmissão de energia, com o propósito de causar blecautes e instaurar um clima de caos no País.
Leia mais: Torres de transmissão de energia são derrubadas em dois estados do País
A nova ocorrência foi confirmada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que fiscaliza o setor. O crime ocorreu nesta quinta-feira, 12, às 14h27, em uma torre de transmissão localizada no município de Rio das Pedras (SP), na linha de alta tensão que lida as cidades de Assis e Sumaré.
"A Aneel tem conhecimento do evento. O fato já foi reportado para o Ministério de Minas e Energia e autoridades de segurança. A empresa está atuando nas avarias detectadas", declarou a agência.
Segundo o órgão, não houve "dano significativo nas instalações de transmissão" e não chegou a ocorrer a interrupção do fornecimento de energia. "Antecipadamente, as avarias foram identificadas após a determinação da Aneel de reforço na segurança das instalações alinhada à rotina definida pelo MME", informou.
Na quarta-feira, 11, a Polícia Federal abriu inquérito para identificar envolvidos em um suposto crime de "atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública", por causa da queda de uma torre de transmissão de energia elétrica, localizada na cidade de Medianeira, interior do Paraná, a 585 quilômetros de Curitiba.
Além desta ocorrência, foram registradas quedas de outras duas torres de transmissão, estas localizadas em Rondônia. O relatório do órgão já apontava "indícios de vandalismo".
Os envolvidos poderão responder pelo crime previsto no artigo 265 do Código Penal - atentar contra a segurança ou funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor ou qualquer outro de utilidade pública -, 'bem como outros eventualmente identificados', com pena de reclusão de até cinco anos.
O governo instaurou um gabinete de crise para monitorar a segurança de instalações do setor elétrico. O grupo vai apurar a relação desses atos com os crimes que extremistas realizaram no domingo, 8, em Brasília.
Nos próximos 15 dias, as empresas devem encaminhar informações à Aneel informações sobre qualquer ato ou tentativa de ataques às instalações físicas ou à segurança cibernética dos ativos.
Comentários