Padarias do ES aumentam produção de panetones para atender demanda de Natal
Procura pela delícia de fim de ano disparou, por isso as padarias ampliaram a produção em 20% para dar conta de atender consumo
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Padarias do Estado vão produzir 400 mil unidades de panetone neste final de ano. Com o mercado aquecido, as panificadoras aumentaram a produção em 20% e investiram em variedades, seja de sabor ou tamanho, para atrair o público e manter as vendas que estão em alta.
Ricardo Augusto Pinto, presidente do Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria do Espírito Santo (Sindipães), diz que existe um público forte que consome o produto.
Considerado um clássico do Natal, o panetone é tradicionalmente produzido com frutas cristalizadas, mas como aponta o presidente do sindicato, os consumidores querem cada vez mais inovação e variedade.
“O chocotone tem saído bastante, mas outros sabores, mais elaborados, também têm um público consumidor que movimenta o setor”, afirma. Segundo ele, o Sindicato tem buscado se aproximar dos produtores rurais do Estado.
Ele diz que o Espírito Santo tem muita matéria-prima para ser aproveitada. Ricardo Augusto cita o caso de um produtor do interior do Estado que planta minifigos. “Criei um panetone com a fruta, unindo forças com outros setores regionais”, conta.
Um dos proprietários da Monte Líbano, rede de padarias do Estado, Flávio Mendes comenta que aproveita a crescente procura do mercado para investir em novos tipos de panetones, além de aprimorar os que já fazem sucesso.
“Temos 12 tipos de panetones, entre doces, salgados, pequenos e grandes, tradicionais e modernos. Existe um modelo para cada tipo de cliente”, informa o sócio-proprietário da rede panificadora. Mendes diz que o sabor salgado é o mais diferente dentre as frentes produzidas, com sabores de calabresa, queijos provolone e minas.
De acordo com o Sindipães, se o ritmo se mantiver, o número de vendas pode superar a projeção elaborada por eles. “Se as vendas continuarem aceleradas esse número pode até subir”, afirma o sindicato, e aponta ainda que as padarias investem em panetones mais elaborados, com diversos sabores e até de fermentação natural.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), o panetone vai estar presente em mais de 50% dos lares brasileiros. O presidente da Associação, Paulo Menegueli, diz que os preços variam bastante.
De acordo com a gerente de padaria Maria Mirian Ferreira, para quem trabalha em panificação, produzir o panetones é um momento especial, pois o produto está ligado ao Natal e a um período de festas e confraternização.
Bacon, figo e pistache entre os ingredientes
Para fugir dos produtos tradicionais e inovar no cardápio de panetones, muitas padarias têm investido em sabores criativos.
Panetone de figo, pistache, bacon, calabresa, queijo, vegetariano e diet são algumas das novidades que as padarias do Estado têm produzido para incrementar o produto o natalino.
Normalmente são dois os panetones clássicos, o de frutas cristalizadas e o de chocolate, conhecido como chocotone.
O empresário Flávio Mendes, resolveu criar um novo nicho de panetones. Classificados como “festivos”, o sócio-proprietário de uma grande rede panificadora do Estado tem três modelos novos.
“Fizemos o panetone de laranja com amêndoas, abacaxi com passas e o panetone ao creme de laranja”, aponta, apresentando as novidades.
Apesar de ter vindo da Itália, nenhum outro país investe tanto em dar o própria identidade ao panetone. Quem afirma isso é o presidente do Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria do Espírito Santo (Sindipães), Ricardo Augusto Pinto.
“O panetone virou um produto nosso. Os produtores têm liberdade e criatividade de sobra para todos os anos apresentar novidades”, afirmou.
Apesar de ser presidente do Sindicato, Ricardo Augusto tem sua própria padaria. Além de ter criado um sabor inédito, com minifigos, ele também investiu na variedade dos sabores doces, produto mais consumido. “Tenho um panetone de capuccino, é diferente, mas posso dizer que deu certo”, garantiu o empresário.
Produto chega a custar R$ 2.643
A busca por variedade e inovação não se restringe ao sabor. Para cativar os consumidores, muitos empresários têm apostado em saídas criativas. No Estado, uma família de Nova Venécia criou uma tradição. Todos os anos eles produzem um panetone de 10 quilos, que custa R$ 2.643.
São meses de um trabalho que envolve muitas mãos. Quem teve a ideia foi o filho do meio, Alberto Montovani, que apresenta a iguaria, na sede da padaria da família, nos períodos de fim de ano.
“É um acontecimento. Todo mundo da cidade quer ver como é, como fazemos e depois o panetone pronto. É uma tradição da minha família e um ponto turístico da região”, brinca. Montovani diz que o preço do panetone reflete o esforço para desenvolvê-lo.
“É um trabalho grandioso, então não é possível fazer em larga escala, mas sob encomenda, é possível”, comenta, mas alerta que é preciso comprar com antecedência.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), a estimativa é que a venda de panetones pela indústria de Panificação e Confeitaria movimente cerca de R$ 850 milhões em todo País.
O presidente da Associação, Paulo Menegueli, diz que há um esforço do setor constante para investimento na área de inovação, para entregar novos sabores e embalagens personalizadas todos os anos, gerando valor agregado ao produto.
Saiba mais
Presença em mais de 50% dos lares
Panetones em alta
Mercado aquecido nesse fim de ano
Padarias do Estado vão produzir 400 mil unidades de panetone para o Natal.
As panificadoras aumentaram a produção em 20%.
Com investimento em sabores e tamanhos diferentes, o Estado está com a produção acelerada.
Considerado um clássico do Natal, o panetone é tradicionalmente produzido com frutas cristalizadas.
Mas os consumidores estão cada vez mais interessados em variedade.
Por isso os empresários têm apostado em sabores exóticos, como panetone de figo, pistache, bacon, calabresa, queijo, vegetariano, diet etc.
Neste fim de ano, a expectativa é que o panetone esteja presente em mais de 50% dos lares brasileiros.
Inclusive com produtos “premium”, que costumam acrescentar chocolates belgas, massas de fermentação natural, trufas, pistaches, embalagens diferenciadas.
Em todo País, a vende de panetones deve movimentar cerca de R$ 850 milhões.
Além da variedade de sabores, famílias que produzem panetone têm investido em tamanhos diferentes.
Uma família de nova venécia produz, todos os anos, um panetone gigante, de 10 quilos, que custa R$ 2.643.
Fonte: Especialistas e personagens citados na matéria.
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