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DOUTOR JOÃO RESPONDE

Refluxo do ácido clorídrico

A doença do refluxo gastroesofágico acomete homens e mulheres. Sua prevalência aumenta com a idade

Dr. João Evangelista | 22/11/2022, 07:54 h | Atualizado em 22/11/2022, 07:56
Doutor João Responde

Dr. João Evangelista


Uma doença frequente no consultório do gastroenterologista é o refluxo gastroesofágico. Essa patologia afeta 30% dos pacientes que procuram atendimento médico nessa especialidade.

Enfermidade de caráter crônico, é definida pela ocorrência de sintomas ou complicações associados ao retorno do conteúdo gastroduodenal para o canal esofágico ou para a cavidade oral, afetando a qualidade de vida do paciente.

A doença do refluxo gastroesofágico acomete homens e mulheres. Sua prevalência aumenta com a idade. 

Ela vem aumentando significativamente, particularmente em países desenvolvidos. Tal fato é explicado pelo elevado número de obesos, já que a obesidade é um fator de risco para a DRGE.


          Imagem ilustrativa da imagem Refluxo do ácido clorídrico
|  Foto: Rasi Bhadramani | Crédito: Getty Images/iStockphoto

A passagem do conteúdo gástrico para o esôfago é um processo normal. Os episódios são breves e não causam sintomas ou lesões no esôfago.

O quadro se torna patológico quando surgem sintomas e complicações. Pirose e regurgitação são manifestações cardinais. Sintomas atípicos, como tosse, rouquidão e dor torácica, são menos frequentes.

Existe uma barreira contra o refluxo localizada na junção gastroesofágica denominada esfíncter esofágico inferior. Relaxamentos transitórios dessa estrutura fazem parte do mecanismo fisiológico da eructação. 

Quando persistem por períodos longos são considerados processos patológicos, uma vez que não somente o gás irá refluir para o esôfago, mas também o ácido proveniente do estômago.

Sensação de queimação na região retroesternal e percepção do conteúdo gástrico na boca indicam refluxo. Outras manifestações, ditas atípicas, podem surgir, como  dor no peito, sem evidência de doença cardíaca, tosse crônica, pigarro, laringite, desgaste do esmalte dentário, halitose, aftas e disfagia.

O diagnóstico é realizado, na maioria das vezes, com a descrição de sintomas típicos, como queimação e regurgitação frequentes, embora a ausência de sintomas não exclui o diagnóstico de refluxo.

O primeiro exame a ser solicitado na investigação dos pacientes com DRGE é a endoscopia digestiva alta. Entretanto, pelo menos 50% dos queixosos apresentam achados endoscópios normais. Além disso, a gravidade dos sintomas não se correlaciona com o grau de alterações da mucosa esofágica.

Embora o prognóstico seja bom, com até 90% alcançando controle dos sintomas com tratamento correto, podem surgir complicações, como esofagite erosiva, estenose péptica e esôfago de Barrett, condição que pode evoluir para câncer.

O tratamento deve ser estabelecido de acordo com a gravidade dos sintomas e a presença de complicações. Os principais objetivos a serem alcançados são aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida do paciente, cicatrizar as lesões e prevenir recidivas.

Além do tratamento farmacológico, mudanças no estilo de vida, como perder peso e evitar álcool, são importantes para o sucesso terapêutico, lembrando sempre que o ácido que sobe pelo esôfago é um protesto avisando que o estômago está azedo com seu dono.

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