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DOUTOR JOÃO RESPONDE

O sofrido paciente deprimido

Beethoven teria sido Beethoven, se não tivesse sofrido tanto? A música que inundava a alma desse gênio era alimentada pela depressão

Dr. João Evangelista | 25/10/2022, 07:00 h | Atualizado em 25/10/2022, 07:01
Doutor João Responde

Dr. João Evangelista


“Depressão é uma prisão em que o indivíduo é tanto o prisioneiro quanto o carcereiro”. Poderíamos dizer que depressão é o excesso de passado e ansiedade é o excesso de futuro.

 Leve ou acentuado, esse distúrbio mental é decorrente do funcionamento alterado das células cerebrais sobre a capacidade emocional e física do indivíduo.

Entre os fatores que mais desencadeiam processos depressivos estão os de caráter genético, como baixo funcionamento da tireoide, acidente vascular, câncer, diabetes, e os de caráter social, como desemprego ou separação.                  

Os sintomas estão relacionados à variação de humor, afetando o comportamento diário da pessoa, que transparece através da expressão facial momentos de tristeza, desânimo, ansiedade e irritabilidade contínua.

A depressão também afeta a fisiologia do corpo, causando astenia, diminuição do desejo sexual, falta de memória, aumento ou perda de apetite, redução de concentração e alternâncias entre insônia e sono excessivo.

Tristeza normalmente é desencadeada por algum fato do cotidiano, em que a pessoa realmente sofre com aquilo, até assimilar o que está acontecendo e geralmente não dura mais do que algumas semanas. 

Depressão, por outro lado, é uma doença do organismo como um todo, comprometendo o físico, o humor e o pensamento. 

Nessa condição, a forma de ver e sentir a realidade é alterada, modificando as emoções e, até mesmo, como o indivíduo se sente em relação a si mesmo.

Evidências apontam alterações químicas no cérebro do paciente deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina, substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células, gerando sentimentos de alegria, bem-estar, disposição, prazer e serenidade.

O indivíduo deprimido perde o interesse e a vontade de fazer coisas que antes eram prazerosas. Conforme a doença se agrava, ele esgota suas forças físicas e mentais. Assim, nem as atividades que antes eram agradáveis são capazes de provocar satisfação.

Em alguns casos, o cansaço é tão grande que a pessoa depressiva não consegue sair da cama e não tem força de vontade para atividades comuns, como tomar banho ou se alimentar. Além de não conseguir se concentrar no trabalho ou na escola.

Perda de ente querido, desilusão amorosa, solidão, diagnóstico ruim e até mesmo dano na autoestima costuram o tecido da depressão. 

O depressivo fica vulnerável às críticas, olhares e opiniões que, dependendo de sua visão de mundo, quase sempre piora seu estado de ânimo e aumenta o nível de estresse.

Quadros depressivos não são propositais e simuladores. O indivíduo deprimido é como qualquer outro doente, que precisa de compreensão, solidariedade e paciência, elementos necessários para que ele encontre a mola propulsora que vai tirá-lo do “fundo do poço”.

Beethoven teria sido Beethoven, se não tivesse sofrido tanto? A música que inundava a alma desse gênio era alimentada pela depressão.

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