Pacote de promessas para buscar votos da classe média
Lula (PT) e Bolsonaro (PL) estão tecnicamente empatados nesse segmento
Estado de São Paulo
Após recuar da promessa de isentar de Imposto de Renda rendimentos de até R$ 5.000, a campanha de Lula (PT) estipulou novo cálculo para a faixa de isenção do tributo.
A ideia é retomar o patamar de 2010, quando o petista deixou o Planalto. Naquele ano, o valor nominal da isenção era de R$ 1.499, o que corrigido pela inflação corresponde a R$ 3.972 a preços de hoje.
A proposta de correção integra o rol de medidas que o PT deseja explorar nesta reta final de campanha para atrair eleitores da classe média, segmento no qual Lula está tecnicamente empatado com Jair Bolsonaro (PL) e em que poderia ganhar terreno com propostas econômicas, segundo aliados.
DEGRAU. Outras duas propostas compõem as promessas para a classe média: o socorro às famílias endividadas e o aumento do salário mínimo. Embora a última medida atinja trabalhadores da base da pirâmide, petistas vendem que todos os assalariados ganhariam com o aumento, o que é controverso para economistas.
PRODUÇÃO. A equipe jurídica de Bolsonaro recomendou que a campanha dele use imagens produzidas pela imprensa tradicional para divulgar a viagem ao exterior. O advogado Tarcísio Vieira orientou a comunicação a não usar imagens captadas por conta própria, como mandou o TSE. Mas ele entende que a decisão não veda o uso de material jornalístico.
CALO. O calendário de Rodrigo Pacheco para o piso da enfermagem prevê votação de um projeto de lei na semana que vem para ajudar prefeitos. Santas Casas seguem sem solução até a eleição.
ESTICA. Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento de 2023, tentará incluir nas contas do governo no ano que vem um reajuste maior para os servidores do Executivo. Ele avalia que “não tem cabimento” os servidores do Judiciário e do Legislativo terem aumento de 9% em 2023 e os do Poder Executivo ficarem com menos de 5%, como consta da proposta que Bolsonaro enviou ao Congresso.
E PUXA. “Não é justo, temos que encontrar uma maneira de equilibrar isso”, diz. O aumento salarial do Judiciário já foi solicitado pelo Supremo, e o do Legislativo aguarda apenas o fim da eleição.
RETRÁTIL. Os dois Poderes conseguem oferecer a benesse porque, assim como o Executivo, tiveram o teto de gastos elevado na PEC dos Precatórios. A diferença é que eles não usaram os valores e, agora, vão aplicar a “sobra” na folha. O reajuste do Executivo em 4,5% custa R$ 3,5 bilhões.
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Coluna do Estadão,por Estado de São Paulo