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TRIBUNA LIVRE

Imunoterapia traz avanços no tratamento contra o câncer

O mapeamento genético e a medicina personalizada têm sido protagonistas quando se fala do futuro da oncologia

Wesley Vargas Moura | 18/09/2022, 10:31 h | Atualizado em 18/09/2022, 10:33
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna


O mapeamento genético e a medicina personalizada, que inclui terapias cada vez mais específicas, têm sido protagonistas quando se fala do futuro da oncologia. No caso do câncer de bexiga, a aprovação de novos medicamentos no Brasil via imunoterapia está sendo considerada um dos grandes avanços no tratamento dessa doença que, por ser diagnosticada geralmente de forma tardia, quando o tumor já está avançado ou com metástase, ainda proporciona pouco tempo de sobrevida aos pacientes.

Assim, durante os últimos 30 anos, o desafio na área foi encontrar uma forma segura e eficaz de prolongar os resultados positivos da quimioterapia após sua finalização, já que a maioria dos pacientes sofre com progressão precoce da doença em aproximadamente 9 meses, sendo a sobrevida global de 14 a 15 meses.

A boa notícia foi a aprovação no Brasil, pela Anvisa, do remédio avelumabe, já usado contra outros tumores, que recentemente foi incluído no tratamento do carcinoma urotelial, que pode afetar bexiga, ureter e pelve renal.

A droga é uma imunoterapia. Ou seja, ela estimula as defesas do organismo a reconhecerem o tumor como um inimigo e partirem para o ataque. No caso do câncer de bexiga, a nova estratégia funciona como uma espécie de manutenção do tratamento. O paciente recebe quimioterapia e, com a remissão ou estabilização do avanço do  tumor, essa imunoterapia entra em jogo para prolongar os benefícios do tratamento.

O estudo que justificou a autorização da Anvisa foi feito com 700 pacientes. Todos passaram por sessões de químio, mas só metade recebeu avelumabe na sequência (o restante foi tratado com cuidados de suporte). Após a análise, os cientistas concluíram que a sobrevida mediana do primeiro grupo foi de 21 meses, enquanto a do outro ficou em 14. O avelumabe também reduziu o risco de morte em 31% dentro do tempo analisado.

Para ter noção da importância do resultado, estudos anteriores indicavam que a maioria dos portadores de carcinoma urotelial terão progressão da doença em até seis a nove meses após o início da  químio. Além disso, não mais do que 5% dos pacientes que descobrem a enfermidade em fase metastática estarão vivos em cinco anos.

Em fevereiro deste ano, foram apresentados achados recentes dos desdobramentos dessa medicação.  Os dados de sobrevida global mostram consistência no benefício oferecido pela medicação: 24 meses. 

A aprovação de avelumabe é um dos avanços mais significativos desse cenário em 30 anos. Essas evidências nos guiam para novas possibilidades de combinações com imunoterapia, reforçando a importância da avaliação de novas diretrizes de tratamento que considerem o potencial de prevenção da progressão da doença, visando mais tempo e qualidade de vida.

WESLEY VARGAS MOURA é oncologista clínico do Núcleo Especializado em Oncologia (Neon).

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