Quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) prometem manter o Auxílio Brasil a R$ 600 no ano que vem, tornando permanente o novo valor do benefício, eles agradam a seus próprios eleitores. Pesquisa da Genial/Quaest realizada entre 11 e 14 de agosto mostra que a maioria aprova o valor mais alto do benefício: 78% disseram que o governo deveria mantê-lo em 2023 ante 17% que declararam ser contra. A aprovação é maior entre os eleitores de renda mais baixa (84%) do que entre os mais ricos (71%). Os que dizem votar em Lula apoiam mais o benefício a R$ 600 do que os bolsonaristas. O porcentual é de 85% entre eleitores do PT, ante 71% dos eleitores de Bolsonaro.

BONDADE. Entre os que disseram não votar em nenhum dos dois, 67% são favoráveis à manutenção do auxílio a R$ 600 em 2023. O valor fixado em lei é de R$ 400. Bolsonaro aprovou o aumento de forma temporária, até dezembro, na PEC Kamikaze.

PRAZO. Apesar da promessa de Bolsonaro de que manterá o auxílio a R$ 600, como Lula fez antes dele, o governo ainda não propôs uma lei para reajustar o valor. Caso não o faça até o fim do mês, técnicos da Economia avaliam não ser possível prever na proposta de Orçamento de 2023 valor diferente de R$ 400.

DIVIDIU. O racha entre os dois candidatos ao Senado à esquerda, no Rio, terá efeitos também no tempo de TV. André Ceciliano (PT) deverá ter cerca de 45 segundos e 4 inserções diárias. Já Alessandro Molon (PSB) terá metade disso e 3 inserções diárias, apesar do apoio de Rede e Psol.

CLICK. Rodrigo Garcia (a esquerda), governador de São Paulo (PSDB), ao lado dos prefeitos da capital, Ricardo Nunes (MDB), e de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), durante a posse de Alexandre de Moraes no TSE.

RINGUE. Bolsonaro e Lula vão intensificar aparições em Minas, que vem se transformando no principal palco da disputa eleitoral. Bolsonaro prevê idas ao estado em agendas em igrejas. Já Lula planeja ir ao estado pelo menos seis vezes até outubro. Em setembro deve ir ao Norte de Minas e ao Vale do Aço.

ESQUECI. Dilma Rousseff foi citada apenas uma vez no plano de governo registrado pela campanha de Lula no TSE. A única menção a ela, em 21 páginas de programa, está nas propostas para a saúde, referindo-se ao resgate do programa Mais Médicos. Na área econômica, o maior flanco de críticas ao governo da petista, não há citação.

FUI. A conversa entre Dilma e Michel Temer na posse de Alexandre de Moraes não ocorreu também por força de uma carona. Temer foi a Brasília no avião de Rodrigo Garcia (PSDB), que saiu apressado após o evento.

PADRINHO. Tarcísio de Freitas (Republicanos) passou a quarta em Brasília, onde fez gravações para seu programa eleitoral com Jair Bolsonaro. Nas peças, o presidente elogia a atuação do ex-ministro da Infraestrutura e destaca obras da sua gestão.

TERRITÓRIOS. Jair Bolsonaro está empenhado em anular os esforços de Lula em se aproximar do eleitorado evangélico. A ideia era abrir a campanha eleitoral falando em corrupção, mas os planos mudaram para frear o avanço de Lula no segmento prioritariamente bolsonarista.

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Pronto, falei!

"A dificuldade é de todos. (Como Tarcísio), Haddad também está estagnado e Garcia tem o pior desempenho que o PSDB já teve em SP”, Felicio Ramuth (PSD), candidato a vice-governador na chapa de Tarcísio de Freitas, falando sobre a pesquisa Ipec