Vazamento de gás provocou explosão e desabamento de prédio em Vila Velha
Bombeiros divulgaram conclusão do laudo da explosão
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O Corpo de Bombeiros concluiu que um vazamento de gás foi o responsável pela explosão e o desabamento do prédio no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, em abril deste ano. Três pessoas da mesma família morreram no incidente e apenas uma das moradoras sobreviveu.
O laudo com a causa do explosão foi apresentado pelo Corpo de Bombeiros em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (5). Durante a explicação, os militares mostraram em fotos que duas botijas de gás foram encontradas entre os escombros do prédio durante o trabalho das equipes de resgate.
No local, ainda segundo os bombeiros, foram encontradas diversas fontes de ignição. Entre elas, isqueiros, tomadas, interruptores, equipamentos eletrônicos e um maçarico portátil, porém não foi possível apontar qual delas foi ativada e causou a explosão ao entrar em contato com o gás espalhado pela casa.
"No ambiente foram encontradas diversas fontes de ignição que são potencialmente capazes de transferir calor suficiente para iniciar a reação de combustão da mistura explosiva, dando origem a deflagração do GLP", informaram os bombeiros na apresentação.
Além disso, foram observados alguns motivos contribuíram para o desabamento de toda a estrutura após a explosão. Os bombeiros apontam que haviam alguns infiltrações em cômodos, baixa ventilação e algumas alterações feitas na residência ao longo do tempo estão entre esses motivos.
Para fazer o laudo, as equipes de perícia coletaram imagens de antes e depois da explosão, além de informações de Larissa Morassuti, única sobrevivente da tragédia, e declarações de um familiar dela. Com a ajuda de Larissa, os bombeiros conseguiram fazer a reconstituição do layout interno da residência.
O laudo foi finalizado no dia 20 de junho e apresentado nesta terça-feira.
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Relembre

O prédio de três andares ficava na rua Antônio Roberto Feitosa, em Cristóvão Colombo, Vila Velha. A residência desabou por volta de 7h10 da manhã do dia 21 de abril, após uma explosão. Uma câmera de videomonitoramento flagrou o momento da explosão.
No imóvel estavam, o dono Eduardo Cardoso, de 68 anos, as filhas dele Camila Morassuti Cardoso, 36, e Larissa Morassuti, 37, e a neta dele Sabrina Morassuti, de 15 anos, filha de Camilla.
Apenas Larissa sobreviveu ao desabamento do prédio. Ela foi a primeira a ser resgatada dos escombros cerca de cinco horas após a explosão. Larissa foi resgatada consciente e com algumas escoriações.
Camila foi a segunda a ser retirada dos destroços do prédio, mas já estava sem vida. A filha dela, Sabrina, foi localizada pelas equipes de resgate e conversou com os profissionais. No entanto, após 13 horas de trabalho, os bombeiros chegaram até ela, mas já a encontraram morta. Eduardo foi o último a ter o corpo tirado dos escombros já no início da madrugada de sexta-feira (22).
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