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TRIBUNA LIVRE

Autonomia na terceira idade: o idoso precisa desse incentivo

Gustavo Genelhu | 01/03/2022, 07:18 h | Atualizado em 01/03/2022, 07:19
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna


Para todos que têm a oportunidade de viver muito, a velhice é uma certeza e com ela vêm  alegrias e também  desafios próprios dessa fase. O envelhecimento é diferente para cada indivíduo e cada um desenvolve habilidades e limitações que dependem de diversos fatores, como condições de saúde, idade, estilo de vida, entre outros.

Mesmo assim, é comum que a família assuma algumas responsabilidades pelos pais ou avós. Apesar desse acompanhamento ser  importante, é necessário respeitar e estimular a autonomia e a independência desses idosos.

A autonomia está mais ligada ao poder de decisão e permite que a pessoa faça suas escolhas. Independente de sua idade ou condição financeira, é fundamental que sua individualidade seja valorizada, a partir do respeito às suas decisões. 

É claro que muitas vezes as limitações cognitivas não permitem mais nenhum poder de decisão, mas, no geral, o respeito às escolhas do idoso precisa permear as relações familiares. É preciso estar atento às suas vivências, colocando-se em seu lugar e deixando claro que ele continua tendo controle sobre sua vida, por mais que precise de ajuda.

A independência, por sua vez, está mais ligada às limitações físicas e ao que o idoso pode ou não pode fazer sozinho. A pessoa pode ter autonomia, mas com restrições que o levam a depender de alguém para executar suas atividades diárias, ou mesmo básicas, como tomar banho, trocar de roupa ou se alimentar.

Nesse processo difícil, é importante vivenciar a situação de forma mais natural possível, pois tais limitações decorrem de um processo natural da vida e ninguém melhor do que a família ou profissionais capacitados e designados para oferecer tais cuidados para promoverem a ajuda necessária – e merecida – a este idoso.

O apoio da família, contudo, vai muito além da ajuda que se limita a dar banho, remédios e auxiliá-lo a se locomover. Embora tudo isso seja muito importante, precisa estar associado a uma promoção afetiva que incentive a vontade de viver, a superar os limites e até conviver com eles com a resiliência e a tranquilidade emocional que o momento exige. Precisa incentivar sonhos que não puderam ser concretizados no passado em razão de outras prioridades. Já parou para pensar quantas vezes nossos pais ou avós foram o porto seguro dos nossos próprios sonhos? Como teria sido sem eles? Muitas vezes, somos atropelados pela velocidade do tempo e não percebemos o quanto esses familiares fizeram a diferença em nossa vida.
A vida, como sabemos, é feita de fases e de mudanças de papéis. Uma hora somos filhos, em outra somos pais e quando menos percebemos já estamos com netos correndo pela casa. Cada uma dessas fases é uma dádiva de Deus que precisa ser vivida e respeitada.

É verdade que o avançar da idade pode, em algum momento, tirar a autonomia e a independência, mas não é capaz de apagar a afetividade dos laços que nos ligam e tampouco o amor que mostra seu valor até mesmo quando temos mais a necessitar do que oferecer.

Gustavo Genelhu é médico geriatra.



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