Você sabe o que é ninfoplastia e os benefícios dessa cirurgia?
Leitores do Jornal A Tribuna
O Brasil é um dos países que mais realiza cirurgias plásticas no mundo e é líder mundial em cirurgia íntima feminina. Esses são dados de um levantamento da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps) divulgado em 2019. Foram realizadas mais de um milhão de cirurgias plásticas e o País está em primeiro lugar no ranking de ninfoplastias, como é chamada a cirurgia da região genital feminina, deixando os Estados Unidos em segundo lugar.
No entanto, apesar da pressão estética e da desinformação contribuir para que muitas mulheres não gostem do próprio corpo, e, por consequência, sintam insegurança durante o contato íntimo com seus parceiros, engana-se quem pensa a cirurgia íntima é motivada apenas por padrões de beleza.
O que muitos não sabem é que essa abordagem pouco comentada da ginecologia abrange procedimentos que podem ser realizados com objetivos médicos ou estéticos e queixas que levam as pacientes ao consultório, vão desde a má funcionalidade do órgão feminino, dor na relação sexual e até o descontentamento com a aparência.
Assim como outras áreas do corpo, a região genital também envelhece: a pele vai perdendo elasticidade e firmeza, além de escurecer e acumular ou perder gordura. As doenças, como diabetes, o tabagismo as grandes alterações de peso, como nas gestações ou pós-bariátrica podem acelerar este processo.
A atrofia vaginal, resultante da queda hormonal pós menopausa é uma das maiores queixas, pois vem acompanhada de dor na relação sexual, incontinência urinária leve, ressecamento importante, sensação de ardência urinária ou na relação, muitas vezes descritas pelas pacientes como a sensação de "algo cortante" na vagina.
Há opções de tratamentos modernos, como o laser íntimo, que agem estimulando a produção de colágeno e elastina na região, tratando a flacidez e recuperando a elasticidade da região genital.
Eles melhoram também a lubrificação vaginal, além de ser rápido e realizado no consultório, não há desconforto para mulher e não a afasta das atividades.
Os procedimentos íntimos podem melhorar a função dos órgãos pélvicos, corrigir assimetrias ou cicatrizes que possam interferir na autoestima ou na vida sexual das mulheres, resultando portanto em melhoria da qualidade de vida e bem estar físico, emocional e social.
Quando há indicação de cirurgia, ela poderá ser feita sem que outras pessoas percebam ou saibam. É uma cirurgia feita para que a mulher se sinta bem consigo mesma, e não para que os outros reparem.
De forma geral, elas ficam muito satisfeitas com o resultado, se sentem bem com a aparência e recuperam sua confiança.
Luara Rodrigues é médica especialista em cirurgias íntimas e atua na área da ginecologia regenerativa.
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