Quais os melhores cães para os idosos
Especialistas ouvidos por AT em Família afirmam que o ideal é optar por animais calmos e menores. Filhotes, porém, demandam atenção e energia
A convivência com um pet pode proporcionar inúmeros benefícios para a saúde de pessoas idosas, como distrair, animar, estimular a se movimentar e muito mais. Entretanto, é importante encontrar o companheiro ideal.
Ao buscar um melhor amigo canino, especialistas esclarecem que é importante se atentar à demanda energética do cachorro e também a sua estrutura física.
Primeiro porque o tutor precisa ter condições e tempo de levar o animal para passear e brincar com ele. Quanto ao tamanho, o risco é de o bichinho acidentalmente machucar o idoso com arranhões ou empurrões ao pular no colo pedindo atenção.
Outro ponto importante é que, ao contrário do que muitos filhos fazem, não se deve impor a convivência com um pet só porque ele acha que o idoso precisa de companhia. Os benefícios da amizade dependem do interesse do tutor.
A quem está procurando um amigo, o médico veterinário Fadel Chequer orienta optar por cães mais calmos e menores.
“Ainda assim pode acontecer de pegar um chihuahua, que é dócil, e ele ter a agitação de um pinscher. Tem as características da raça, mas desvios acontecem”, explica.
“No dia a dia vemos no consultório pessoas mais velhas e o amor que elas têm pelos seus cachorrinhos. Dizem que não vivem sem e ajudam a passar o tempo. Se a pessoa gosta de animais, vale a pena ter porque contribui para a saúde mental”, defende Fadel.
Ao escolher um “cãopanheiro”, é importante se atentar também à idade. Filhotes demandam mais atenção e energia. A médica veterinária Aline Almeida de Abreu recomenda avaliar as possibilidades.
“Se o idoso desejar um filhote, a orientação é que o cãozinho passe por uma escola de adestramento para aprender a estar com aquela pessoa. Ou então pode adotar um adulto; mesmo com adotados é possível ter uma convivência muito boa.”
Em todos os casos, Aline reforça que não existem raças “proibidas” para idosos, desde que seja interesse da própria pessoa e que ela avalie a sua realidade para ter certeza que serão bons companheiros e que poderá oferecer ao pet o que ele precisa.
Além disso, a especialista cita os gatos, que também podem ser grandes amigos.
“Animal traz alegria para o lar”

“Eu adoro animal grande e sou apaixonada por rottweiler, mas tenho meu pai com 88 anos que mora aqui em casa. Então tenho bom senso”, conta a empresária Diana Simões, de 61. Foi então que, há seis anos, a família acolheu a Bronagh. O aposentado Glaucio Simões se mostrou receoso no início, mas logo se rendeu aos encantos da pequena.
“Foi uma mudança significativa. Ele faz carinho nela e, quando vamos sair, pergunta se ela vai ficar de companhia. Até já aconteceu dele cair no quarto. Ela foi a primeira a ver e nos avisou para ir ajudar”, recorda Diana.
Para ela, a presença de um pet renova o lar com alegria. “Minha casa é como casa com criança.”
Saiba mais
Vantagens
- A companhia de um pet proporciona benefícios para a saúde mental dos idosos, que passam a ter amor incondicional, sentido de vida, companhia para fugir da solidão, estímulos para – quando possível – se movimentar, atenção contínua que até pode alertar os humanos quando algo errado ocorre e muito mais.
Direito de escolha
- Para usufruir de todos os benefícios, é primordial que a convivência não seja imposta! O idoso tem direito de decidir se quer ou não um bichinho de estimação.
- Infelizmente, é comum ver filhos “presenteando” idosos com pets porque acham que será bom para eles. Só que, se o idoso não quiser, a imposição pode ser negativa tanto para o idoso quanto para o bichinho.
Porte e personalidade
- Não há restrições sobre quais raças de cães podem ou não conviver com idosos, desde que seja avaliado cada caso para garantir que o tutor tem condições de atender as necessidades de bem-estar do bichinho.
- O que acontece são recomendações por cães de portes pequenos e médios e com baixa força muscular já que, ao tentar brincar com o idoso, a força natural do animal pode provocar acidentes, como arranhões e quedas.
- O nível de energia do animal também deve ser considerado, até porque algumas raças pequenas exigem uma frequência maior de brincadeiras e passeios.
- A idade do animal também influencia na agitação, já que filhotes tendem a ser mais elétricos, enquanto adultos e idosos especialmente são mais tranquilos.
